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quarta, 31 de dezembro de 2025
Segurança

DIG prende moradora de rua e esclarece homicídio no São João Baptista

Vítima foi Hugo Alexandre Patracão Macedo. Acusada alega legítima defesa.

31 Dez 2025 - 07h17Por Da redação
Equipes no local do ocorrido - Crédito: arquivopEquipes no local do ocorrido - Crédito: arquivop

A Delegacia de Investigações Gerais (DIG) de São Carlos esclareceu mais um homicídio ocorrido na cidade, o 15° do ano. O caso envolve a morte de Hugo Alexandre Patracão Macedo, espancado a tijoladas nas proximidades de um campo de futebol, no Jardim São João Batista.

Em entrevista exclusiva ao SCA, o delegado da DIG, João Fernando Baptista, a investigação avançou rapidamente porque, ainda no local, já havia informações sobre a possível autoria.
“Foi um crime muito simples de ser investigado, haja vista que, já no local dos fatos, nós tínhamos informações de que a provável autora era a namorada dele”, explicou.

De acordo com o boletim de ocorrência, o crime ocorreu no dia 13 de novembro, quando Hugo foi encontrado inconsciente e com grande perda de sangue próximo aos vestiários do campo. Equipes do SAMU, USA e Corpo de Bombeiros foram acionadas e a vítima foi encaminhada à Santa Casa, onde ficou internada em estado grave. No entanto, Hugo morreu no dia 19 de novembro.

A DIG ouviu testemunhas e confirmou que a autora das agressões foi a companheira da vítima, uma mulher de 30 anos, também em situação de rua.
“Confirmamos que a autora das tijoladas foi a namorada dele. O que mais dificultou essa investigação foi justamente localizá-la, uma vez que ela estava em situação de rua”, afirmou o delegado.

A suspeita foi localizada posteriormente na região do Cidade Aracy e confessou o crime. Em depoimento, ela relatou que mantinha um relacionamento com Hugo e que ambos eram usuários de drogas. Segundo a versão apresentada, antes do homicídio ela teria sido violentamente agredida pela vítima.
“Ela disse que naquele dia ele a espancou com muita violência, inclusive utilizando um alicate, e que ainda estava com lesões visíveis no rosto”, relatou João Fernando.

Ainda de acordo com o delegado, após as agressões, Hugo teria adormecido sob efeito de drogas, momento em que a mulher retornou ao local.
“Ela alegou que queria apenas deixá-lo com um olho roxo, da mesma forma que ele havia feito com ela, mas acabou desferindo uma primeira tijolada, seguida de outras duas, em um momento de raiva”, explicou.

Após o ataque, ela fugiu com medo de que Hugo acordasse e se vingasse.
 

O caso foi registrado como homicídio consumado (art. 121 do Código Penal). A investigada foi presa pela DIG e alegou legítima defesa, sustentando que não teve intenção de matar.

O delegado também destacou o contexto social de vulnerabilidade envolvendo os dois.
“São pessoas em situação de rua, usuários de crack e álcool, vivendo sob uma vulnerabilidade social muito grande”, pontuou.

Delegado João Fernando Baptista

Balanço do ano

Ao comentar o trabalho da especializada em 2025, João Fernando Baptista afirmou que a DIG alcançou alto índice de esclarecimento de crimes graves no município.
“Até outubro, todos os homicídios e latrocínios registrados haviam sido esclarecidos. Foi um ano atípico, com alguns latrocínios, mas conseguimos elucidar todos até aquele período”, afirmou.
Segundo ele, os poucos casos ainda em aberto seguem com diligências avançadas.
“As diligências continuam e todos estão bem adiantados. Provavelmente vamos obter sucesso, assim como obtivemos nos demais”, concluiu.

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