SAAE: São 122.893 ligações de água e esgoto no município; aproximadamente 3.600.000 m3 de água extraídos por mês dentre as captações superficiais (Monjolinho e Feijão) e subterrâneas (34 poços profundos) - Crédito: divulgaçãoHá 56 anos, era promulgada a Lei Municipal nº 6.199, de 26 de junho de 1969, pelo então prefeito José Bento Carlos do Amaral, que transformou a Seção de Água e Esgoto da Prefeitura Municipal em autarquia municipal: o Serviço Autônomo de Água e Esgoto.
A criação da autarquia representou a vitória de uma luta que a cidade travava para garantir o abastecimento de água. De 1967 a 1969, o Governo Municipal encarou um grande desafio: captar água no Ribeirão Feijão, quase na divisa com o município de Itirapina. Com esse objetivo, buscou junto ao Governo Estadual um empréstimo para a execução de todos os serviços, incluindo a aquisição de 17 km de tubos de aço para a adutora de água do Ribeirão Feijão até a Estação de Tratamento de Água – ETA, situada na Av. Dr. Carlos Botelho, na Vila Pureza. O financiamento foi autorizado durante solenidade no Palácio dos Bandeirantes, pelo então governador Roberto Costa de Abreu Sodré, em 1969.
A Lei Municipal nº 6.199, de 26 de junho de 1969, transformou, portanto, a Seção de Água e Esgoto da Prefeitura em autarquia municipal: o Serviço Autônomo de Água e Esgoto.
Com a Estação de Tratamento de Água, o SAAE, no cumprimento das normas, princípios e metas pertinentes ao atendimento da população de São Carlos – SP, disponibiliza atualmente mais de 1.200 km de sistema de abastecimento de água.
Pautando-se pelo pioneirismo, aliando visão à competência, no início da década de 1990 já se estudava o tratamento de esgoto em São Carlos. Foi em 2003, quando o SAAE já contava com 34 anos de trabalho e história, que foi elaborado um estudo de concepção visando à implantação do tratamento dos esgotos da cidade.
A Estação de Tratamento de Esgoto teve sua primeira fase concluída em 2008, com a seguinte concepção: tratamento preliminar, tratamento biológico (reatores anaeróbios de manta de lodo – UASB) e tratamento físico-químico (coagulação/floculação e flotação por ar dissolvido). As demais fases, por viabilidade técnica, serão implantadas com o objetivo de alcançar o tratamento total do esgoto até 2055, para uma população estimada de 500.000 habitantes.
O sistema de coleta e transporte de esgoto soma atualmente mais de 1 milhão de km de rede coletora, emissários e interceptores, culminando no tratamento de 1.800.000.000 m³ por mês.
São 122.893 ligações de água e esgoto no município; aproximadamente 3.600.000 m³ de água extraídos por mês, provenientes de captações superficiais (Monjolinho e Feijão) e subterrâneas (34 poços profundos); aproximadamente 50.000 m³ de água potável são preservados e armazenados nos 58 centros de armazenamento e preservação; mais de 160 km de interligações de adutoras, com qualidade que atende fielmente à legislação vigente.
A Estação de Tratamento de Esgoto Monjolinho trata aproximadamente 1.800.000.000 m³ de esgoto doméstico por mês, com eficiência superior a 90% na remoção de matéria orgânica, sólidos e fósforo. O efluente tratado é lançado no Rio Monjolinho.
Registra-se para a história, também, o pioneirismo nacional no desenvolvimento do sistema de telemetria e telecomando, que permite visualizar os níveis de água nos reservatórios, a vazão e a pressão das redes, ligar ou desligar motores, abrir e fechar válvulas e monitorar diversas variáveis elétricas, mediante comunicação em tempo real (via rádios modem e linha privativa), podendo ser visualizado em qualquer lugar do mundo através da internet.
Atualmente, o SAAE, além da captação, tratamento e distribuição de água, bem como da captação e tratamento de esgoto doméstico e industrial, enfrenta novos desafios, como as obras de combate às enchentes com a construção de piscinões e outras intervenções; a política municipal de resíduos sólidos, com a adoção da coleta seletiva; e outros projetos. O abastecimento de água também tem sido um desafio, e novas obras estão sendo realizadas para acabar com a falta d’água em bairros como Santa Felícia e Região do Grande Cidade Aracy.
Derike Contri, presidente atual do SAAEHISTÓRIA – A distribuição de água em São Carlos – SP começou em 1889, com a canalização da fonte “Biquinha do Padre” até o Mercado Municipal, onde foi instalada uma torneira para uso público. No local da fonte “Biquinha do Padre”, hoje, estão as instalações do Teatro Municipal.
Entre 1890 e 1968 foram realizadas obras de grande importância para os dias atuais, tais como:
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a instalação de bomba elétrica para recalcar água das represas do Espraiado e do Valinhos até os reservatórios da Vila Pureza e Vila Nery;
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a construção do sistema do Monjolinho e da Estação de Tratamento de Água – ETA (entre 1958 e 1960), que recebia água recalcada das captações do Espraiado e do Galdino;
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os estudos de viabilidade técnica e econômica, com elaboração de anteprojeto para obras de captação e adução de água para abastecimento da população;
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o início dos serviços para captação de água do Aquífero Guarani e, em parceria, a perfuração do Poço Artesiano na Praça Vital Brasil, também conhecido como poço da CICA.





