A Delegacia de Polícia de Monte Azul Paulista concluiu uma complexa investigação que resultou no indiciamento de um homem que se apresentava como pastor evangélico, acusado de cometer furtos qualificados em templos da Igreja “Deus é Amor” em pelo menos 14 cidades do Estado de São Paulo, entre elas, São Carlos.
De acordo com a Polícia Civil, C.H.C.N. é apontado como responsável por uma sequência de crimes cometidos entre os dias 10 de maio e 27 de junho de 2025. O inquérito foi conduzido pelo delegado Dr. Flávio Martins Villela Tavares, que destacou o uso de um mesmo modus operandi: deslocamento com veículo alugado, rompimento de cadeados, arrombamento de cofres e subtração de dinheiro dos templos, geralmente durante a madrugada.
As cidades atingidas incluem, além de Monte Azul Paulista e São Carlos, os municípios de Taquaritinga, Ibitinga, Monte Alto, Severínia, Tupã, Pacaembu, Ibaté, Irapuru, Ipeúna, Leme, Bocaina e Pirituba. O prejuízo estimado ultrapassa os R$ 70 mil, conforme registros das ocorrências e depoimentos das vítimas.
A investigação utilizou técnicas modernas e tradicionais, como análise de imagens de câmeras de segurança, rastreamento de veículos, verificação de registros de hospedagem e troca de informações com outras delegacias. A apuração indica que o indiciado pode ter cometido mais de 80 crimes com o mesmo padrão em todo o Estado, utilizando sua suposta condição de líder religioso como disfarce.
A prisão preventiva de C.H.C.N. foi cumprida em 27 de junho, na cidade de Ponta Grossa, no Paraná, durante a Operação "Falso Profeta", que contou com o apoio da Polícia Militar paranaense.
Se condenado por todos os crimes investigados, o acusado pode receber uma pena de até 112 anos de prisão.
