A paralisação dos caminhoneiros chegou em Pirassununga. No final da tarde de ontem, diversos motoristas pararam seus caminhões em uma das faixas da rodovia Anhanguera em sinal de protesto contra o governo federal. A movimentação se iniciou por volta das 16h30, com os primeiros manifestantes chegando e com pneus queimados na pista. Logo depois, a Polícia Rodoviária chegou e controlou a situação. Foram cerca de 10 km da pista ocupados por veículos.
Os caminhões ficaram parados nos dois sentidos da Anhanguera, bloqueando apenas uma das faixas (a mais lenta). Isso fez com que o trânsito pudesse fluir sem problemas. Muitos veículos, inclusive, passaram pelo trecho buzinando, mostrando incentivo à paralisação.
Até o início da noite, havia caminhões parados entre o trevo da SP-225 e a saída conhecida como do Cristo Redentor de Pirassununga. Muita gente moradora dos bairros próximos à pista foram até ao local para conferir a movimentação.
De acordo com um dos organizadores da ação, tudo foi combinado através do aplicativo Whats App de telefone celulares. A notícia se espalhou e rapidamente vários caminhoneiros se mobilizaram.
Um boletim de ocorrência foi lavrado no Plantão Policial de Pirassununga pouco depois da meia-noite de hoje, após o término da paralisação. Segundo o documento, a Polícia Rodoviária foi acionada e deu conta que do km 205 ao km 215, um grupo de transportadores de Pirassununga realizou manifestação. O ato foi das 17h20 às 21h45.
Ainda de acordo com a polícia, foi feito um semi-bloqueio da pista onde era permitido somente a passagem de veículos leves e ônibus de linha e que caminhões seriam impedidos de prosseguir viagem. O boletim de ocorrência informa que a manifestação foi pacífica e que nenhum dano material foi causado. Segundo a polícia, durante a manifestação, dois caminhoneiros autônomos foram identificados e afirmaram que foram impedidos de prosseguir viagem.
Todo o efetivo das Polícias Rodoviária e Territorial foram acionados, bem como da concessionária Intervias para realizar a sinalização e segurança dos manifestantes e demais usuários da rodovia.
Desde a última semana, caminhoneiros têm realizado greve e bloqueios em estradas dos mais diversos pontos do país. Eles pedem redução no preço do diesel e pedágio, tabelamento dos fretes e a sanção, por parte da presidente Dilma Rousseff, de mudanças na legislação que flexibilizam a jornada de trabalho.
