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Polícia

Promotor acusado de matar São-carlense pode voltar ao trabalho

07 Out 2008 - 17h31Por Redação São Carlos Agora
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Diego foi morto a tiros, em Bertioga, litoral sul de SP. Reprodução OrkutO portal de notícias da Globo, G1, traz em sua capa a notícia que o Ministério Público de São Paulo anunciou nesta terça-feira (7) que o procurador-geral de Justiça, Fernando Grella Vieira, irá editar um ato suspendendo a exoneração de Thales Ferri Schoedl, acusado de assassinar o jovem São-carlense Diego Mendes Modanez, de 20 anos, no litoral paulista em 2004. O motivo é uma liminar (decisão provisória) concedida pelo Supremo Tribunal Federal (STF) que reconduziu Thales Ferri Schoedl ao cargo.Após publicação do ato, o Schoedl voltará a receber o salário de promotor, mas continuará suspenso do exercício funcional. A liminar do ministro Carlos Alberto Menezes Direito, do STF, permite somente que ele volte a ser membro do Ministério Público, mas não que exerça a função.A decisão vai suspender a do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP), que, no dia 18 de agosto, havia proclamado que o cargo de promotor de Thales não era vitalício. Segundo o ministro Menezes Direito, somente uma decisão judicial poderia decretar a exoneração de Thales do cargo de promotor.A assessoria de comunicação do CNMP informou que o Conselho ainda não foi notificado sobre a liminar concedida pelo Supremo.O advogado da família do jovem morto, Pedro Lazarini, diz que espera que o tribunal aguarde o julgamento do mérito (decisão definitiva) pelo STF antes de levar Thales Schoedl a julgamento. “Seria sensato que o TJ de São Paulo aguardasse a decisão final do STF”, afirmou. Ele disse que irá trabalhar para o STF reconhecer a decisão do CNMP.

O advogado de defesa de Thales, Ovídio Rocha Barros Sandoval, diz que ele ficou satisfeito com a decisão desta terça do STF. “Ele ficou muito feliz porque, na verdade, a nossa pretensão era fazer com que os direitos constitucionais fossem restabelecidos”, disse. Ele acredita que não caberia do CNMP rever a decisão de vitaliciedade.Como foi o crime- Thales Schoedl é acusado de ter matado a tiros o estudante e jogador de basquete Diego Mendes Modanez, de 20 anos, na noite do dia 30 de dezembro de 2004, em Bertioga, a 103 km de São Paulo. Felipe Siqueira Cunha de Souza, de 20 anos, também foi ferido na mesma noite. Thales alegou que, ao atirar, agiu em legítima defesa.

A mãe de Diego, a comerciante Sônia Mendes Modanez, de 50 anos, disse ao portalG1nesta terça-feira (7) estar decepcionada. “Queria somente a justiça, mais nada. Mas está difícil, é uma vergonha”, desabafou. “Mas, enquanto eu respirar, não vou entregar isso assim. Ele vai ter que prestar contas disso.”

Para a comerciante, cada decisão judicial faz o caso e as lembranças da morte do filho voltarem. “Parece que eu não enterrei meu filho ainda. Cada vez que isso volta à tona, parece que estou no velório de novo e que nunca vai acabar”, afirmou.Fonte:G1

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