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segunda, 14 de julho de 2025
Realização de um sonho

Garçonete e doméstica, são-carlense estreia na São Silvestre

Rhosy Santos que luta contra um problema de saúde, sonha em se formar em Pedagogia e ser professora

30 Dez 2022 - 14h19Por Marcos Escrivani
Rhosy diz que realiza atividades físicas para manter a saúde e diariamente faz musculação e exercícios aeróbicos em academia - Crédito: DivulgaçãoRhosy diz que realiza atividades físicas para manter a saúde e diariamente faz musculação e exercícios aeróbicos em academia - Crédito: Divulgação

Às 8h do sábado, 31 de dezembro, na Avenida Paulista, em São Paulo, entre os milhares de corredores (profissionais e amadores) que competem a São Silvestre, estará a são-carlense Rhosy dos Santos, 44 anos. Doméstica e garçonete na Família Buffet Conexão, fará o seu ‘debut’ na principal prova pedestre brasileira que chega a 97ª edição. Sonhadora, faz ainda curso EAD e sonha em se formar em Pedagogia e ser professora.

Carrega consigo ainda um problema de saúde. É portadora de um CIV 8,0mm (comunicação interventricular - cardiopatia congênita) e no último exame que fez deu insuficiência da válvula mitral e tricúspide discreta (não produz sintomas, não é grave e nem necessita de tratamento).

Desta forma, liberada pelo médico, confirmou ao São Carlos Agora que estava pela primeira vez na São Silvestre e assim, concretizar a realização de um sonho.

Atualmente solteira, Rhosy diz que realiza atividades físicas para manter a saúde e diariamente faz musculação e exercícios aeróbicos em academia. “Mas faço treinos no Cerrado e caminhadas ou pela manhã ou à tarde. Tudo para manter a forma”, explicou.

APAIXONADA...

São 15 quilômetros por dia. Mesmo percurso da São Silvestre. As atividades de Rhosy se tornou “um vício” e dele, nasceu a paixão pelo esporte. “Ainda mais que em 2018 participei da Corrida Unicep. Ai foi amor à primeira vista (ou participação)”, brincou. “Parece que um bichinho pica a gente e não dá mais vontade de parar”.

Desde então colocou na cabeça que queria estar na São Silvestre e encerrar o ano na pista, correndo. Veio a pandemia da Covid-19 e os planos foram adiados. “Mas agora meu sonho vai ser realizado”, garantiu.

Ela disse que a subida de 2 km da Brigadeiro Faria Lima não incomoda, ainda mais que após se separar de uma união, chegou a entrar em depressão e foi justamente o esporte que fez com que voltasse a viver.

“Agora quero estar na Avenida Paulista e ouvir aquela buzina dando a largada. A felicidade no rosto das pessoas. Sentir o momento da saída. Cumprir os 15 km e mesmo com dificuldades, chegar. Ouvir a música, os aplausos. Será um momento único, só meu. Sei que vou me emocionar, estar cansada. Mas realizada e feliz”, finalizou.

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