Casal foi morto em Abril na cidade de São Pedro - A Justiça Criminal iniciou, na tarde de quarta-feira (10), a primeira etapa de audiências e oitiva de testemunhas sobre uma trama macabra que terminou com a execução do casal José Eduardo Ometto Pavan, 69 anos, e sua esposa, Rosana Ferrari, 61 anos. Os crimes ocorreram no dia 4 de abril deste ano, na chácara do casal, localizada na rua Iguatemy de Castro, área rural de São Pedro, onde os corpos foram encontrados no início da noite do dia 6 de abril, no interior da caminhonete Fiat Toro com placas de Araraquara.
JOGO DUPLO
As investigações foram conduzidas pela delegada Juliana Pereira Ricci, da Divisão de Homicídios da Delegacia Especializada em Investigações Criminais (DEIC) do DEINTER 9 – Piracicaba. Na manhã do dia 17 de junho, com apoio do helicóptero Pelicano da Polícia Civil da Capital, a equipe realizou a “Operação Jogo Duplo”, que prendeu, no condomínio fechado do complexo Damha, área norte de São Carlos, os advogados H. P. B., 44 anos, e F. M. T. B., 47 anos. Na região leste, foi preso o segurança C. C. L. O., 57 anos, o “Cesão”. Na Baixada Santista, foi preso E. J. V., 54 anos, o “Índio”.
ARMA DE FOGO
Posteriormente, na segunda fase, a DEIC prendeu A. S. L., o “Cacá”, e o comerciante J. S. L., 60 anos, o “Saúde”, além de uma sétima pessoa também apelidada de Cacá, que, juntamente com “Saúde”, teria participado do aluguel de uma arma de fogo utilizada na execução do casal de empresários.
INDICIAMENTO
Todos foram indiciados e respondem pelos crimes de homicídio qualificado, associação criminosa, estelionato, falsidade ideológica, uso de documento falso e ocultação de cadáver.
Ao término da primeira audiência, acompanhada por vários advogados e pelos sete acusados — que atentamente ouviram as alegações das testemunhas de acusação, entre elas a delegada Juliana Ricci, dois investigadores, um irmão e um sobrinho do casal —, também foram ouvidas as defesas das companheiras de “Cesão” e “Índio”.
DEFESA
O advogado criminalista Dr. Wagner Santos concordou em falar com a reportagem e afirmou que esta foi a primeira audiência sobre este caso extremamente grave. Segundo ele, seus clientes C. C. L. O. (“Cesão”), 57 anos, e E. J. V. (“Índio”), 54 anos, assim como os demais, apenas puderam ouvir por várias horas as testemunhas, entre elas a delegada Juliana Ricci, que apresentou seu relatório e documentos sobre o crime.
NOVAS AUDIÊNCIAS EM 2026
Wagner Santos afirmou que seus clientes (“Cesão” e “Índio”), no início de 2026, deverão ter a oportunidade de falar em juízo pela primeira vez sobre as acusações que recaem sobre eles.
Apuramos que, na tarde do dia 12 de fevereiro de 2026, eles voltarão a acompanhar, nas unidades prisionais onde estão recolhidos, as oitivas das defesas de cada um. Já no dia 13 de fevereiro, todas as sete pessoas deverão ser ouvidas formalmente em juízo e terão a oportunidade de se manifestar sobre o bárbaro crime, amparadas por seus defensores, que preparam documentos para a defesa dos réus.





