Crédito: DivulgaçãoA saudade sempre fica, bem como a dor da perda. Mas quando a mamãe consegue engravidar novamente, tudo muda e o que era uma dor intensa, causada por uma “tempestade”, vem o arco-íris, após o nascimento de um novo bebê. Assim são denominadas as crianças que nascem após a perda de um filho anterior.
Quando ocorre a perda do recém-nascido, as mães entram em desespero, em depressão. Algumas, por dias, perdem até o desejo de viver. Afinal, um “pedacinho” foi embora para se tornar uma “estrelinha”.
Momentos extremamente tristes para mulheres que sonharam com o dom da maternidade. Que durante a gestação imaginaram como seriam os bebês. Planos, montagem do tão sonhado quarto, a compra do enxoval. E quando tudo está pronto a receber o novo membro da família, uma triste notícia. O mundo desaba...
Fica a dor que não se mede, apenas se sente... Resta “juntar os cacos” e dar tempo ao tempo... Respirar fundo e com o amparo de familiares e amigos, buscar um recomeço. Tentar novamente uma gestação para que o tão sonhado nenê venha com saúde e possa alegrar os papais... Enfim, depois da tempestade, a bonança, a chegada de um arco-íris de amor, felicidade, esperança...
RELATOS CHEIOS DE DOR E... TERNURA...
No final de semana o São Carlos Agora chegou a quatro lares são-carlenses que tem entre seus membros, um bebe arco-íris, responsável por trazer a paz de espírito para seus papais. Histórias recheadas de emoção. Tem o lado triste, mas como um lindo conto de fadas, sempre com um final feliz...
Vamos a elas...
EMANUEL
Em 2014, nascia Maria Vitória. Infelizmente sem os rins. Portadora de uma doença genética rara, morreu após três horas do parto. Era filha de Mônica Renata Fermino Moraes, dona de casa, 37 anos e Marcos Antonio Moraes, analista de sistemas, 34 anos. “Tive uma gestação normal. Ela nasceu, ficou na UTI Neonatal da Santa Casa. Tinha rins policísticos. Morreu logo após o parto. Papai do Céu precisava dela mais do que eu”, disse a emocionada mamãe ao SCA. A família reside no Jardim Santa Felícia.
Indagada, ela disse tomou conhecimento durante a gestação do grave problema. Mas se apegou a um milagre para que sua primogênita nascesse sem nenhum problema. “Rezava. Tinha fé e muita esperança”.
Mas ao saber do falecimento de Maria Vitória, Mônica disse que seu mundo desabou. “No começo não queria nem pegar nenê no colo. Fiquei traumatizada. Tinha sonho de ser mãe e por quatro anos passei por muitos medos”, confessou.
Porém em um determinado momento Mônica afirmou que decidiu ir a um santuário (Canção Nova) para rezar e ter paz de espírito. “Depois voltei para casa e após uma semana, sonhei que estava grávida, que seria um menino e que se chamaria Emanuel”, disse.
Semanas depois, a novidade: Mônica engravidou e teve um menino que é o “terremoto” da casa: Emanuel nasceu e tem 2 anos. “A Maria Vitória faria seis anos em agosto. Lembro dela com saudades, pois um filho não supera o outro. Mas traz um alívio, alegria e paz de espírito, porque depois da tempestade, vem sempre o arco-íris”, encerrou.
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MARINA
Igor, com placenta heterogênea e prematuro de seis meses, nunca saiu da UTI Neonatal da Santa Casa. Nasceu em 2007 e viveu por três meses. “Ele lutou muito para viver, mas Papai do Céu o levou”, disse a artesã Ana Maria Kanebley, 38 anos, residente no Jardim Paulista com Téo, 3 anos e Marina, seu bebê arco-íris, hoje com 11 aninhos.
Em 2007, após o falecimento do seu então primogênito, Ana Maria lembra que ficou abalada emocionalmente, mas pensava paralelamente que a ida de Igor teve um propósito maior e que ele cumpriu sua jornada na terra. “Sofri muito, fiquei anestesiada. Na época tinha 25 anos.
Porém, Ana Maria lembra que naquela época não pensava em ser mãe e admitiu que não tinha este desejo. “Mas após a gestação e a morte do meu filhinho, tudo mudou. O dom da maternidade se alojou em mim e quis ter um filho e um ano depois engravidou novamente.
Após uma gestação tranquila, chegou o seu arco-íris, Marina. “Me lembro que, ao sair da maternidade, eu dava risada sozinha, de muita felicidade. É que não tive a oportunidade de sair com o Igor no colo, que ficou na UTI. Mas pude sair carregando a Marina, chegar em casa, colocar ela no berço e ver ela crescer”, confidenciou.
Ana Maria deixou claro, entretanto, que nada substitui Igor, mas Mariana preencheu uma lacuna e veio através de luzes, flores e sorrisos. “O Igor é minha estrelinha no céu”, concluiu.
PEDRO JOAQUIM
Hoje, Ana Sofia teria 7 aninhos já que em 2013, sua mãe Mari Pereira, 31 anos, autônoma, residente no Jardim Ipanema, deu à luz. Mas por complicações no parto, ela nasceu morta. “Tive uma gestação normal. Foram nove meses de expectativa, de preparação e de muito amor. Ao ter a notícia de sua morte, caiu meu mundo”.
Mari lembra que chegou a ficar depressiva e por um ano se afastou de tudo. Das pessoas, dos amigos. “Fiquei muito abalada e por vários anos não queria nem engravidar”, contou.
Porém, em 2019, a surpresa: estava grávida e após uma gestação tranquila chegou Pedro Joaquim, hoje com 7 meses. “Quando peguei meu arco-íris no colo, a sensação foi inexplicável”, disse Mari que confidenciou ainda o medo antes da cesárea. “Tinha medo de perder ele também. Por mais que desviava o pensamento, quando ficava sozinha lembrava do que aconteceu com a Ana Sofia”.
Após os momentos de tensão e poder carregar seu primogênito, ficou a sensação de sair um peso das costas da feliz mamãe. “Um filho não supera o outro. A Ana Sofia sempre será minha estrelinha e não sairá do meu pensamento. Mas o Pedro Joaquim é minha luz, minha vida. Hoje ele pesa quase 10 quilos e está saindo os dentinhos”, conta. “Costumo dizer que o Pedro nasceu de mim e eu renasci dele”, finalizou.
JOÃO MIGUEL
O último arco-íris é João Miguel, 2 anos. Ele é filho da confeiteira Rogiane Valéria da Silva Florentino, 40 anos e do mecânico de aeronave Fernando José Florentino, 43 anos. O casal tem ainda Nicolas, 9 anos e Davi, 6 anos e residem no Jardim Jockey Club.
A história que envolve João Miguel começa quando a mamãe Rogiane perdeu após dois meses de gestação o que seria o terceiro filho. “Tive sangramento e fui em busca de socorro. Passei por ultrassom e o diagnóstico é que não havia mais batimento cardíaco no feto. Isso foi em 2017 e esse nenê teria hoje três aninhos. É horrível, uma sensação muito ruim. Parece que o chão abriu e eu entrei em desespero. Procurei um médico e fiz novo ultrassom e confirmou que o feto estava morto. Passei por procedimentos para a sua retirada. O sentimento que fica é um vazio na gente. Quando sai da maternidade sem o filho no colo, mesmo tendo outros dois, tive sensações estranhas. Foi quando caiu a ficha”, lembrou.
Mesmo com a recente perda, Rogiane disse que estava convicta que queria ser mãe novamente. “Perguntei ao médico e ele disse para esperar um determinado tempo para a recuperação do meu organismo. Fiz isso e tentei novamente. Consegui, mas durante toda a gestação, fiquei tensa, principalmente nos quatro primeiros meses. “Não queria perder novamente o bebê”.
Passaram-se nove meses e chegou João Miguel, hoje com 2 anos. “Me lembro da perda, seria o terceiro filho. Não pude carregá-lo no colo. Mas veio meu arco-íris. É a maravilha que Deus me deu. É nosso caçula bagunceiro. Tenho na memória a minha estrelinha, mas tenho a felicidade de ter um arco-íris dentro de casa”, afirmou Rogiane.
Crédito: Divulgação
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