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quarta, 17 de dezembro de 2025
"Caso Chiquinho Campaner"

Julgamento dos acusados de matar o prefeito de Ribeirão Bonito começa nesta terça-feira (17)

17 Out 2023 - 07h38Por Da redação
Francisco José Campaner, 57, popularmente conhecido por Chiquinho Campaner - Crédito: arquivo Francisco José Campaner, 57, popularmente conhecido por Chiquinho Campaner - Crédito: arquivo

Manoel Bento é apontado como mandante do crime. (foto arquivo pessoal)

A partir das 9 horas desta terça-feira (17), o juiz Victor Trevizan Cove, presidente do Tribunal do Júri da Comarca de Ribeirão Bonito, reúne os sete jurados que compõem o conselho de sentença, a promotora pública Dra. Alice Moras Carpinetti, que terá com assistente de acusação o advogado criminalista Arlindo Basílio, e advogados de defesa para levar a júri popular o empresário Manuel Bento Santana da Cruz, 53, e o ex-vigilante paulistano Cícero Alves Peixoto, 55, os quais foram pronunciados como sendo o mandante e executor do assassinato do prefeito municipal de Ribeirão Bonito, Francisco José Campaner, 57, popularmente conhecido por Chiquinho Campaner, do PSDB, o qual foi emboscado com outras duas pessoas e executado a tiros na tarde do dia 26 de dezembro de 2019.

Desaforamento

Os advogados dos réus chegaram a pedir ao Tribunal de Justiça o desaforamento do caso, alegando que o Fórum Distrital de Ribeirão Bonito não apresentava segurança para este julgamento. O TJ rejeitou o pedido dos advogados, afirmando que a Segurança Pública Estadual (SSP) estaria realizando todo trabalho para garantir a realização do julgamento e segurança de todos. Em outra oportunidade, um outro advogado teria comunicado que estaria se afastando do processo por problemas particulares e o julgamento, que já estava marcado, foi cancelado e remarcado para o próximo dia 17 de outubro.

Julgamento longo

O julgamento tem previsão de ser longo e poderá ser realizado entre dois a três dias. Por esse motivo, foram reservadas acomodações para os participantes. Todo este cuidado foi tomado para evitar uma extensão do julgamento, que deverá ouvir cerca de 23 das 40 testemunhas que foram arroladas (tanto da defesa quanto da acusação).

Trabalhos da polícia

Os trabalhos desenvolvidos pelas equipes de investigadores e escrivães dos delegados Reinaldo Lopes Machado (titular da época da Polícia Civil de Ribeirão Bonito) e Geraldo Souza Filho (adjunto da Delegacia Seccional de São Carlos) culminaram com as prisões da dupla em Ribeirão Bonito e São Paulo.

Transporte escolar

As investigações apontaram que a discussão e ameaças de morte contra o prefeito teriam sido motivadas por uma licitação pública no transporte escolar do município. A denúncia produzida pela Polícia Civil foi encaminhada ao Ministério Público Estadual (MPE), que, após analisar os trabalhos, representou pela pronúncia dos acusados pelo planejamento da emboscada e execução do bárbaro crime que ceifou a vida do prefeito municipal "Chiquinho Campaner".

Pronúncia

O juiz Victor Trevizan Cove pronunciou o empresário de van escolar Manuel Bento Santana da Cruz e o ex-vigilante paulistano Cícero Alves Peixoto pelo crime de homicídio duplamente qualificado por motivo torpe e utilizando-se de recurso que dificultou a defesa do prefeito daquele município, efetuando disparos de arma de fogo contra Francisco José Campaner, causando-lhe os ferimentos que levaram à sua morte, contando, Manoel Bento, com a coautoria de Cícero Alves Peixoto, que receberia uma recompensa caso o fato fosse concluído.

Ainda de acordo com a denúncia, da mesma maneira, com o intuito de não serem identificados, os acusados tentaram matar o então diretor de gabinete da Prefeitura Municipal de Ribeirão Bonito, Edmo Gonçalo Marchetti, e o empresário Ariovaldo Santarosa, que estavam com Chiquinho Campaner no veículo oficial da Prefeitura de Ribeirão Bonito.

Acusação

Contratado pela família do prefeito de Ribeirão Bonito Francisco José Campaner, 57, como assistente da promotoria, o advogado criminalista são-carlense Arlindo Basílio vem participando desde o início dos trabalhos do Ministério Público Estadual (MPE). O caso segue em segredo de justiça, que será levantado, e cerca de 23 testemunhas teriam sido arroladas e devem ser ouvidas durante o julgamento.

Licitação

A trama para executar o prefeito Chiquinho Campaner, segundo a denúncia teria se iniciado após uma licitação de transporte público escolar, serviço esse que era prestado  pelo empresário Manoel Bento Santana da Cruz, na época com 49 anos, que teria se revoltado com a nova licitação programada por Chiquinho e ambos desde 2018 vinham se desentendendo e por telefone ocorreu a primeira ameaça de morte ao prefeito.

Emboscada e execução

Segundo as investigações apontaram, o vigilante paulistano Cícero Alves Peixoto, também na época com 51 anos, foi contratado para dirigir um Honda Fit, com placas de São Paulo, para emboscar o prefeito, quando por volta das 15h30, Chiquinho, dirigindo um Onix, branco da Prefeitura Municipal de Ribeirão Bonito, foi emboscado e covardemente morto no volante do carro oficial. Outros dois ocupantes do Onix, foram baleados e sobreviveram ao ataque. Em seu primeiro depoimento, após a prisão realizada pela Polícia Civil, Manoel, negou o crime, porém
nas duas vezes ouvidos o vigilante paulistano Cícero Alves Peixoto, que foi preso em sua moradia na
capital paulista, acusou Manoel Bento, dizendo que o mesmo teria sido contratado por ele para
a execução e no momento dos disparos quem atirou segundo Cicero, foi Manoel Bento.

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