DIG/DISE - A Polícia Civil, por meio da Delegacia de Investigações Gerais (DIG) de São Carlos, nas primeiras horas da última quarta-feira (10), desencadeou a “Operação TUSCA” para tentar identificar e qualificar uma quadrilha especializada em roubos e furtos de telefones celulares e smartphones que voltou a agir entre os dias 20 e 23 de novembro, subtraindo aproximadamente 223 aparelhos durante a Taça Universitária de São Carlos (TUSCA).
O delegado seccional de São Carlos, Dejair Rodrigues, disse que, ainda durante a festa são-carlense, uma ampla investigação da DIG já estava em andamento para tentar identificar os marginais que vinham se aproveitando da distração dos participantes para promover furtos e roubos, especialmente na Arena TUSCA, instalada em um espaço no Distrito Industrial Miguel Abdenur.
ARENA TUSCA
O delegado João Fernando Baptista informou que, durante o evento, policiais civis da DIG realizaram uma investigação ampla na Arena TUSCA e em seu entorno para tentar identificar possíveis integrantes de quadrilhas que poderiam ter vindo a São Carlos com o objetivo de subtrair celulares e smartphones, como ocorreu em anos anteriores e como vem acontecendo em grandes shows e festas populares em todo o Estado de São Paulo.
RECONHECIMENTO FACIAL
Segundo o delegado da DIG, a estratégia adotada pela Polícia Civil, com investigações precisas e levantamentos de câmeras de vigilância no interior e nas imediações da Arena TUSCA, proporcionou um amplo trabalho investigativo, desenvolvido com a checagem de Registros Digitais de Ocorrências (RDOs). Foram analisados os locais onde se encontravam as vítimas, os tipos de aparelhos subtraídos e as imagens de veículos e pessoas que estariam se aproveitando da distração de cada vítima para atacá-las.
João Fernando também informou que o setor de inteligência da DIG conseguiu captar imagens e, a partir desses levantamentos, foi possível chegar aos principais articuladores de uma quadrilha que realizava os crimes e sempre conseguia se afastar rapidamente do evento, tornando praticamente impossível a identificação em meio ao grande público.
Para chegar à identificação do principal integrante do bando, os investigadores utilizaram o reconhecimento facial, método já adotado em estádios de futebol, grandes eventos e shows, além de uma investigação aprofundada para compreender os métodos utilizados pelos marginais.
ARRASTÕES NO ESTADO
Ao longo da investigação sobre um dos principais líderes da quadrilha, que a DIG já sabe ter estado em São Carlos, os policiais civis chegaram à identificação de um homem de 30 anos, cuja identidade não foi divulgada para não prejudicar as investigações. Segundo o delegado João Fernando Baptista, o suspeito foi identificado e indiciado por crimes de furto de celulares e smartphones durante um show ocorrido em fevereiro deste ano, em uma casa de shows no bairro Barra Funda, zona Oeste da capital.
Com sua quadrilha, ele também esteve em uma Festa do Peão realizada no mês de agosto, na cidade de Indaiatuba, onde foi promovido um arrastão de celulares. Ele ainda é investigado, e parte de sua quadrilha já teria sido identificada e presa. O marginal chegou a ser preso com parte do bando no início do mês de outubro, quando realizou outro arrastão de celulares e smartphones durante um evento esportivo ocorrido na Arena Itaquera, no Estádio do Corinthians Paulista.
GUARULHOS
O delegado titular da DIG disse que, após reunir provas sobre o envolvimento do suspeito, os policiais apuraram que ele estaria residindo na cidade de Guarulhos, na Grande São Paulo. Assim, na madrugada de quarta-feira (10), policiais da DIG, com suporte dos Distritos Policiais (DPs) de São Carlos, deixaram o município e seguiram para Guarulhos a fim de realizar um amplo levantamento sobre os crimes praticados pelo marginal e seu bando em São Carlos.
Foram realizadas diligências, porém um dos principais articuladores de furtos e roubos de celulares e smartphones do Estado de São Paulo está foragido e não foi localizado.
PRISÃO PREVENTIVA
Já identificado, e com outros integrantes — inclusive mulheres que auxiliam a quadrilha nos crimes — sendo qualificados, o delegado João Fernando Baptista informou que, como as investigações estão adiantadas, deverá, nos próximos dias, representar junto ao Ministério Público Estadual (MPE) e ao Poder Judiciário pela prisão preventiva do homem que articulou cerca de 221 furtos e 8 roubos de celulares e smartphones na arena e na região do evento TUSCA, em São Carlos.
SEGURANÇA MUNICIPAL
O titular da DIG afirmou que a tática de policiais infiltrados para investigações deverá prosseguir no próximo ano. Ele também deverá se reunir com a Secretaria de Segurança Pública Municipal para informar detalhes do trabalho da DIG/São Carlos sobre a “Operação TUSCA”, realizada em Guarulhos, e preparar um trabalho preventivo contra a quadrilha que atacou não apenas o evento em São Carlos, mas também eventos no interior do Estado de São Paulo e na capital.





