UPA Vila Prado após ampla reforma - Crédito: Arquivo/São Carlos AgoraUma servidora pública municipal teria registrado, nesta segunda-feira (15), uma denúncia por suposto assédio sexual na Delegacia de Defesa da Mulher (DDM), em São Carlos.
Segundo o SCA apurou, a denunciante afirma que um servidor público, que seria esposo de uma diretora à qual ela é subordinada, há algum tempo a estaria constrangendo, com insistentes convites para que participasse de um suposto relacionamento a três com o casal, o que, conforme relatado, nunca teria sido aceito.
Ainda de acordo com a denúncia, no último sábado, a situação teria se agravado. A servidora relatou que, durante o funcionamento da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da Vila Prado, o homem teria permanecido na sala da diretora e, por várias horas, enviado áudios com conteúdo obsceno e imagens íntimas, solicitando que ela fosse até o local para manter relações sexuais.
Conforme consta no registro, o suspeito teria afirmado, por meio dos áudios, que desligaria as câmeras de monitoramento da UPA, possibilitando que a denunciante entrasse na sala sem ser notada.
Além do registro na Delegacia de Defesa da Mulher, onde a servidora teria solicitado medida protetiva, o caso também deverá ser comunicado ao Ministério Público Estadual, ao Ministério Público do Trabalho e à Corregedoria da Prefeitura Municipal de São Carlos.
Por meio de nota, a Prefeitura de São Carlos informou que, em relação às notícias veiculadas sobre suposta conduta imprópria envolvendo servidor municipal, não foi notificada oficialmente até o momento. Ainda segundo a administração municipal, assim que houver comunicação formal, os fatos serão apurados com transparência e rigor, com eventual punição dos envolvidos, conforme determina a legislação.
O caso deverá ser investigado pelas autoridades competentes.
REPERCUSSÃO NA CÂMARA
O líder do governo no Legislativo, vereador Gustavo Pozzi (PP), utilizou a tribuna da Casa de leis para ler uma nota oficial da Prefeitura de São Carlos. “A Prefeitura Municipal de São Carlos informa que em relação às notícias veiculadas hoje que referentes a supostas condutas impróprias de servidor municipal, não foi notificado oficialmente a respeito dos fatos. A administração municipal será, como de praxe, exemplar e transparente na condução dos fatos e na punição de possíveis envolvidos”
O presidente da Câmara, Lucão Fernandes (PP) usou a palavra e pediu a abertura de uma sindicância na Prefeitura de São Carlos para apuração dos fatos. “Confirmando-se as denúncias, que sejam afastados estes servidores durante as investigações”. Ele também pediu o encaminhamento do relatório final da sindicância ao Poder Legislativo. “Que o prefeito tome as medidas cabíveis para que se traga à luz a verdade”.
O vereador Paraná Filho (PP) destaca que o prefeito Netto Donato (PP) foi comunicado por ele dos fatos. Paraná disse que chegou a propor ao prefeito que recebesse a servidora que foi vítima de assédio sexual e que denunciou os fatos e que Netto preferiu esperar que receba comunicação formal dos fatos para que tome as medidas necessárias. “O prefeito está sabendo dos fatos, sim, de forma informal”.





