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sábado, 13 de dezembro de 2025
Black Friday

Faturamento deve crescer 3% em novembro em SP

FecomercioSP prevê que receitas somadas podem atingir R$ 82,7 bilhões no Estado de São Paulo; segmentos de roupas e eletrônicos serão os principais afetados pela data

18 Nov 2025 - 12h19Por Da redação
 Comércio paulista:  apesar do desempenho positivo, há uma desaceleração no ritmo de expansão nas vendas do varejo paulista nos últimos meses - Crédito: Agência Brasil Comércio paulista: apesar do desempenho positivo, há uma desaceleração no ritmo de expansão nas vendas do varejo paulista nos últimos meses - Crédito: Agência Brasil

De acordo com projeções da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), as vendas das atividades varejistas mais impactadas pela Black Friday devem crescer 3% em novembro, no Estado de São Paulo, atingindo R$ 82,7 bilhões.

Apesar do desempenho positivo, há uma desaceleração no ritmo de expansão das vendas do varejo paulista nos últimos meses. Um ano atrás, o faturamento registrou alta de 10% em relação ao mesmo período de 2023.

O desempenho previsto, segundo a Federação, reflete um consumidor que continua comprando, porém com cautela, evitando gastos de maior valor. Esse comportamento se manifesta por meio de maior seletividade, compras menos impulsivas e substituição por produtos de linhas mais baratas.

A postura mais prudente está relacionada aos juros elevados e à desaceleração do emprego formal — que reduz o ritmo de crescimento da massa salarial —, além das incertezas políticas em torno de 2026 e de seus possíveis reflexos fiscais e na confiança.

A Black Friday continua influenciando o resultado do comércio em novembro, mas não estimula todos os setores de forma uniforme. Um dos segmentos mais impulsionados pela data é o de vestuário, tecidos e calçados, com faturamento de R$ 11,68 bilhões e crescimento de 5,2%, refletindo a recomposição do setor em comparação com os anos anteriores, incentivada pelas promoções e pelo estímulo à reposição de peças.

Além disso, as atividades de eletrodomésticos, eletrônicos e lojas de departamentos devem apresentar bom desempenho, com previsão de faturamento de R$ 10,08 bilhões e crescimento de 3,2% — uma alta moderada, considerando a relevância do segmento. Já as farmácias e perfumarias devem crescer 2,6%, alcançando R$ 13 bilhões em faturamento, o que indica estabilidade no consumo.

A projeção é que os supermercados apontem crescimento moderado, reflexo da estabilidade do consumo de massa, com faturamento superior a R$ 46 bilhões, alta de 2,8% e ganho absoluto de R$ 1,26 bilhão. O setor, embora não dependa diretamente da Black Friday — já que responde mais ao aumento da massa de renda —, aproveita o evento para alavancar vendas de eletrônicos e alimentos de conveniência.

Por outro lado, o segmento de móveis e decoração pode registrar queda de 2%, com faturamento estimado em R$ 1,86 bilhão, o que indica que o consumidor ainda evita endividamentos de longo prazo. Mesmo com alguma melhoria na renda, as famílias continuam priorizando reposições e bens de menor valor.

Segundo a FecomercioSP, a Black Friday tende a ser positiva, mas não exuberante, já que o mercado ainda reage aos estímulos da renda e às promoções, mantendo um comportamento cauteloso.

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