Momento da realização da pesquisa com a terapia sono-fotodinâmica (TSFD) para o tratamento do câncercepof1302 - Crédito: Divulgação
Erika Toneth Ponce Ayala Doutoranda do curso de Fisica teórica e experimental (IFSC-USP) Bolsista Capes no Centro de Pesquisa em Óptica e Fotônica (CEPOF) - IFSC - USP Existem vários fatores que influenciam a continua aparição de casos, como o aumento da expectativa de vida e da exposição a agentes cancerígenos, porém a falta de assistência médica com tratamentos eficientes e de baixo custo, também é um agravante para as mortes por câncer. Os tratamentos clínicos convencionais contra esta doença são a cirúrgica, radioterapia, quimioterapia e imunoterapia, os quais têm efeitos benéficos no combate ao câncer. No entanto, em algumas ocasiões presentam limitações, como por exemplo, em caso de tumores metastáticos ou câncer refratários. É por isso que o estudo de novas técnicas terapêuticas não invasivas, eficientes e de baixo custo se torna extremamente importante, especialmente em países com grande população e poucos recursos voltados para a área da saúde.
A terapia sono-fotodinâmica (TSFD) é uma abordagem relativamente nova e promissora para o tratamento do câncer, que vem sendo estudada com crescente interesse desde os inícios do século XXI.
A TSFD está baseada nos efeitos sinérgicos da combinação de duas terapias: a terapia fotodinâmica (TFD) e a terapia sonodinâmica (TSD). A TFD é uma técnica bem estabelecida e eficaz para o tratamento de lesões pre-cancerígenas e alguns tipos de câncer de pele não-melanoma com ótimos resultados estéticos. Esta técnica envolve a interação de três componentes principais: luz visível, uma droga fotoativa chamada de fotossensibilizador (FS) e oxigênio molecular, resultando na geração de espécies oxidativas de oxigênio as quais induzem a morte de células cancerígenas. Uma desvantagem da TFD é a baixa penetração da luz no tecido biológico, limitando o sucesso da TFD em caso de tumores espessos ou pigmentados. Por outro lado, a TSD envolve a interação do ultrassom de baixa intensidade e uma droga sonoativa chamada de sonossensibilizador (SS). Ao contrário da luz visível, o ultrassom tem uma excelente penetração nos tecidos biológicos, o que permite a indução citotóxica em regiões mais profundas do corpo.
É assim que minha pesquisa de doutorado visa estudar os mecanismos de ação por trás dos efeitos da TSFD assim como avaliar a sua eficiência, principalmente, no tratamento de tumores melanoma em modelo animal, no qual a TFD tem mostrado uma baixa taxa de cura, uma vez que a melanina presente na lesão absorve e dispersa a luz. Dessa forma, uma série de experimentos tanto in vitro quanto in vivo estão sendo cuidadosamente realizados sob a orientação do Prof. Dr. Sebastiao Pratavieira do Centro de Pesquisa em Óptica e Fotônica ( CEPOF) – INCT – IFSC – USP .
Fontes: Doutoranda Erika Toneth Ponce Ayala – CEPOF – INCT – IFSC – USP; Prof. Dr. Sebastiao Pratavieira - CEPOF – INCT – IFSC – USP; e Kleber J. S. Chicrala – Jornalismo Científico/Difusão Científica – CEPOF – INCT – IFSC – USP





