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sexta, 19 de dezembro de 2025
Saúde Emocional com Tatiana Carlino

Luto- quando precisamos enfrentar

24 Fev 2022 - 19h16Por Tatiana Carlino
Tatiana Carlino - Tatiana Carlino -
Vamos falar um pouco desse sentimento, doloroso, sentimento emocional normal de sentir, mas necessário para podermos nos ajudar e ajudar o outro. Seja ele por uma pessoa, animal, objeto ou bem material, como por exemplo a perda de um emprego.
 
As perdas que vivemos, especialmente a morte de alguém muito amado, podem ter um “para quê”, mas talvez demore um bom tempo até que a resposta chegue clara. Já o “porquê” nunca terá uma resposta satisfatória, ainda que dediquemos a vida a buscá-la. Qualquer resposta que dê a essa pergunta é sempre pequena demais diante da grandeza da experiência do luto. O importante é sentir o luto, que é natural sentir esse sofrimento, mesmo que doloroso. O que não é natural é esse sentimento ficar por muito tempo dentro da gente.
 
Cada pessoa reage de uma forma diferente, dependendo de como era sua relação com a perda, existindo várias formas de expressar os sentimentos que o luto pode causar. 
 
No momento extremo da dor vem a tristeza, o choro, o desespero, a raiva. Todos esses sentimentos devem ser aceitos e experimentados. Não fuja desses sentimentos. Quando reconhecemos esse sentimento, ele quase sempre se encolhe. Quando o negamos, ele se apodera da nossa vida inteira.
 
Não existe nada de errado em ficar triste, pois a tristeza é uma experiência necessária para todo processo de luto saudável. 
 
Elisabeth Kübbler-Ross, psiquiatra suíça radicada nos Estados Unidos, autora do livro “Sobre a morte e o morrer”. Neste ela transcreve sobre suas experiencias com pacientes que estavam no fim das suas vidas, com desejo de se aproximar deles para ajudá-los com seus momentos finais. Após isso, ela criou 5 estágios sobre o luto.
 
São eles: 
 
1) Negação ou isolamento: reação comum por não conseguir assimilar o ocorrido e não acreditar ainda que seja verdade;
 
2) Raiva: após negar o que aconteceu, é normal aparecerem os sentimentos de raiva;
 
3) Barganha: passando pela negação e raiva, é comum continuar com certa dificuldade para aceitar a realidade. Nesta fase, tenta negociar para ver se ameniza a dor, algo que se faça de forma inconsciente;
 
4) Depressão: começa a fase de se acostumar com a notícia, podendo surgir sentimentos de fragilidade, insegurança, mágoa e nostalgia;
 
5) Aceitação: é a fase final, onde se começa a voltar a rotina, hábitos, tentando retornar à vida normal. Começando a fazer parte das relações sociais com a família e os amigos.
 
Podemos sempre procurar meios para facilitar e ajudar as fases do luto, sem ser pressionado e respeitando seu ritmo. Aprender a aceitar a perda e a dor, procurando formas para auxiliar no tempo e na mente. 
 
A maioria das pessoas não sabe lidar com a tristeza de quem está perdendo uma pessoa importante e, muito menos, lidar com o sofrimento de quem acabou de perder alguém ou algo muito importante em sua vida.
 
A família e amigos, são importantes durante esse processo, não privando o enlutado das lembranças e dos sentimentos. O amor não morre com o corpo físico. O amor sempre permanece. 
 
Tudo pode morrer, exceto o Amor. Só o amor merece a imortalidade dentro de nós.
 
Se você está passando por esse processo ou conhece alguém que esteja, ajude-o a encontrar quem possa auxiliar, avaliar e sugerir formas para superar melhor o processo de luto.
tatianacarlino

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