
O assessor do prefeito Netto Donato (PP), que vai cuidar da infraestrutura urbana de São Carlos, João Muller, participou nesta quarta-feira, 30 de abril, do SÃO CARLOS AGORA ENTREVISTA. Durante o programa ele anunciou várias novidades para São Carlos.
Ele anunciou novos investimentos para São Carlos. “Teremos em breve o investimento do Madero, que vai montar um drive thru no Dahma Mall, para servir lanches. A pessoa pode se alimentar lá ou buscar o lanche com seu carro. Agilizamos as aprovações. Eles vão montar uma loja com container então é muito rápido, deve ser inaugurado em junho ou julho”. Veja entrevista completa em vídeo neste link.
Segundo ele, outro grande investimento é o Oba Hortifrutigranjeiros, que vai gerar mais de 100 empregos em São Carlos. “As obras já começaram, na Avenida Bruno Ruggiero na rotatória perto do Shopping Iguatemi. É um grupo muito forte, com sede no Sul do Brasil. Apesar de usar o slogan de hortifrútis, é uma espécie de supermercado, que serve de tudo, voltado para as classes A e B. E também temos um outro grupo na área de alimentação que vai realizar um investimento na Vila Nery. Tem coisas boas e importantes acontecendo em São Carlos”, destaca.
NOVO ANEL VIÁRIO - Ele também destacou que um novo anel viário em breve ligará a Zona Leste de São Carlos a bairros como Castelo Branco e Azulvile, através de uma ligação entre a Região do Parque Sabará e a Escola Educativa. “Este projeto avançou muito. Este é um projeto que tramita na Prefeitura há mais de 15 anos e a Tapetes já mudou de empreendedor 3 vezes. Quando há um empreendimento destes, a Prefeitura faz uma série de exigências. Uma é fechar o anel viário que falta, ligando a Rua Marino da Costa Terrar à Marginal na área da Escola Educativa. Para fazer um investimento destes com uma avenida de 40 metros, custa de R$ 7 milhões a R$ 8 milhões. Exigimos deles um barramentos e três piscinões. Exigimos deles uma duplicação da Marino da Costa Terra. É um empreendimento caro. Os empreendedores decidiram que farão parte de casas e parte de 5 apartamentos para poder viabilizar o empreendimento. Já passou pelo SAAE, trânsito, meio ambiente e estamos adequando alguns pontos. Depois vamos levar para o debate com a sociedade, com a apresentação do estudo do impacto de vizinhança, depois vamos para o COMDUSC e o COMDEMA. Um empreendimento destes levará 4 anos com possibilidade de mais d4. Pelo que exigimos deles, acreditamos que levarão cerca de 6 anos para concluir o investimento”, destaca.
200 APARTAMENTOS NO SANTA FELÍCIA - Com relação a construção de 400 apartamentos do programa Minha Casa Minha Vida, do Governo Federal, na Avenida Bruno Ruggiero Filho, no Santa Felícia, Muller afirmou que houve, por parte dos moradores daquela região, uma enorme resistência. “Houve uma espécie de Apartheid. AS pessoas mais pobres têm direito à habitação previsto na Constituição. Quem define a área é o Ministério das Cidades. Mas, conversando com o prefeito Netto Donato resolvemos, em consenso, atender parte do que os moradores pediram, reduzindo de 400 para 200 o número de apartamentos que serão construídos no local. Até porque, São Carlos lutou para conseguir estes R$ 90 milhões e não podemos simplesmente devolver este dinheiro para a União e dizer que o município não quer. Então vamos fazer metade e os outros 200 vamos ver se podemos fazer em outro local. Caso contrário vamos incluí-los, em agosto, na nova liberação de moradias pelo Governo Federal.
Muller afirmou que nos bairros de classe média alta e classe média já é difícil a convivência entre moradores e síndico, que será o chato que vai colocar regras. “Então, você imagine isso ocorrendo na faixa 1. Fizemos um acordo em Piracicaba. Quando tivermos 50% da obra executada, vamos fazer o sorteio. Faremos um trabalho social de pré e pós ocupação. Teremos de 18 a 24 meses para construir o conjunto. Quando entregaremos todos mundo saberá quem fosse o vizinho. Ficaremos 12 meses trabalhando o pós ocupação para que as pessoas aprendam a viver em comunidade, em um condomínio”.
Ele avisa que as pessoas que usarem de má fé para tentar lucrar com a moradia social vão perde-las. “Vamos ser muito rígidos na questão de locação e comercialização. Num empreendimento em que o governo entra com praticamente 50% do empreendimento não se pode vender ou locar o imóvel”, comenta.
Para Muller, o núcleo habitacional Waldomiro Lobbe Sobrinho, construído pela CDHU e entregue em 2001 virou um problema porque o governo estadual fez o conjunto em conflito com o então prefeito Dagnone de Melo, que avisava que o lugar iria alagar quando chovesse forte. “Não fizeram um trabalho de organizar a convivência com a nomeação de síndico e a geração de regras. Tentamos mais recentemente organizar isso, mas a pessoa escolhida para síndico renunciou após dois meses pela pressão que sofreu”.
Ele destaca que os bairros de casas populares devem ser feitos em locais onde já existe infraestrutura urbana para não repetir experiências como a do bairro Eduardo Abdelnur, que foi construído longe de tudo. “O poder público levou cerca de 15 para levar escola, unidade de saúde, centro do idoso e toda a infraestrutura. No próprio Santa Felícia, criado em 1979 foram 45 anos para chegar à qualidade de vida de hoje. Vamos dividir esta qualidade de vida”, comentou ele.





