Foto: Marco Lucio - A greve geral marcada por sindicados para esta sexta-feira, 28, deve afetar o dia a dia de milhares de pessoas em São Carlos. Os trabalhadores empresa de ônibus Suzantur foram convencidos a aderir ao movimento e os coletivos não saíram da garagem localizada no Distrito Industrial de São Carlos. Duas grandes indústrias de São Carlos, a Faber-Castell e Electrolux não deverão funcionar neste dia. A oficina da LATAM também está parada.
Desde às 4h da manhã diversos presidentes de sindicatos de São Carlos se reuniram em frente a garagem da Suzantur e convenceram os motoristas a aderirem ao movimento. O São Carlos Agora acompanhou o movimento dos sindicalistas que são contra a Reforma da Previdência e Reforma Trabalhista que deverão ser votadas no Senado, mas que já foram aprovadas na Câmara dos Deputados.
"Estamos aqui para apoiar o Sindicato dos Condutores (que é presidido por Amador Perez Bandeira) na luta para que os motoristas façam parte do movimento. A Electrolux e a Faber estão paradas. Hoje é dia de luta, de atos e protestos. Somos contra as reformas da Previdência e Trabalhista", disse Erick Silva, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos. "O movimento é pacífico e acontece em todo o Brasil. Há aeroportos e trens paralisados. Queremos mostrar aos deputados federais que eles se condenaram em 2018 com a aprovação do texto-base da Reforma da Previdência. Queremos forçar o Senado a rejeitar e não votar esta reforma", emendou.
Ronaldo Lopes, secretário geral do sindicato, presente a manifestação em frente a garagem da Suzantur também se pronunciou. "Hoje é a união de todas as classes trabalhadoras para que a greve geral aconteça. Nosso apoio é para que não aconteçam as reformas e que os políticos revejam o quadro. A luta é pelo país", emendou.
Por fim, Edinaldo Henrique Ferreira coordenador da sub-sede da Central Única dos Trabalhadores (CUT) que envolve 24 cidades da região de São Carlos enfatizou que o dia é considerado importante e que a greve geral une toda a população. "Os movimentos sociais, sindicatos, comitês contra as reformas. É a soma de esforços que faz o movimento ficar forte. A meta é fazer com que o governo reveja as reforças. Queremos chamar a atenção e mostrar que o povo está unido", garantiu.
SUZANTUR
O São Carlos Agora procurou ouvir a direção da Suzantur e o advogado Luís Donizete Luppi informou que a preocupação da empresa é garantir o direito de ir e vir de todos. Em nota, disse que a proposta é manter os trabalhos normais.
"Estamos aqui na Suzantur. A proposta nossa é trabalhar, assim garantindo o direito de ir e vir a todos. Grande a nossa preocupação com o transporte dos que queiram trabalhar. A Santa Casa, por exemplo, que presta serviço essencial a vida, tem mais 70 por cento de seus funcionários dependentes do transporte coletivo", disse o advogado.
EDUCAÇÃO
Vários professores da rede estadual e municipal de ensino também aderiram ao movimento e escolas não funcionam em São Carlos.
MAIS ATOS
A greve geral promete mais atos durante o dia em São Carlos. De acordo com Erick Silva, às 9h haverá uma concentração na Praça Itália e o movimento seguirá pela Avenida São Carlos, passará pelo comércio e às 10h, na praça em frente ao Mercadão Municipal deve ocorrer novos protestos.
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