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sábado, 13 de dezembro de 2025
E-commerce

Comércio digital vende até 50 mil produtos por dia na região de São Carlos

Em 2023, o comércio eletrônico brasileiro cresceu 4% em relação a 2022 e movimentou ao longo do ano o equivalente a R$ 196,1 bilhões.

03 Set 2025 - 14h25Por Da redação
Comércio eletrônico: Shopee distribui produtos menos e Mercado Livre vende de tudo, de eletrônicos à linha branca e autopeças - Crédito: agência BrasilComércio eletrônico: Shopee distribui produtos menos e Mercado Livre vende de tudo, de eletrônicos à linha branca e autopeças - Crédito: agência Brasil

O e-commerce já distribui cerca de 50 mil produtos por dia na Região Central Paulista, considerando apenas as operações das gigantes Mercado Livre e Shopee, que realizam a venda e entrega para pessoas físicas e empresas. Os números não incluem Magalu, Enjoei, OLX e MadeiraMadeira. O Mercado Livre abrange praticamente todos os 26 municípios da Região Central Paulista, enquanto a Shopee concentra sua distribuição em Corumbataí, Água Vermelha, Santa Eudóxia, Dourado, Porto Ferreira, Descalvado e Ribeirão Bonito.

Os dados foram apresentados pelo especialista em logística Felipe Amador Cará, em entrevista exclusiva ao São Carlos Agora. Ele é formado em Ciências Sociais pela UFSCar, com pós-graduação na área, e atua no setor logístico, tendo passado por Mercado Livre e Shopee. Atualmente trabalha na transportadora TS Logg.

Embora aposte no avanço do setor, Cará não acredita que o e-commerce vá extinguir as lojas físicas. “Ele (o e-commerce) modifica a estrutura física como conhecemos. Diminui encargos como aluguel, funcionários e energia que os comerciantes teriam no comércio tradicional. Marcas como a Riachuelo e outras grandes redes já sentiram os efeitos e estão se digitalizando cada vez mais. Mas, na minha opinião, não é todo produto que pode se inserir em uma venda 100% digital. Modalidades como o mercado pet, mesmo com volume expressivo de vendas on-line, ainda precisam do contato direto com o atendente ou vendedor por uma questão cultural. É importante os comerciantes terem em mente se o produto ou serviço deve ser 100% digital ou se necessita do suporte de uma unidade física. Além disso, o espaço do e-commerce funciona por marketing digital e pelo agenciamento dos algoritmos para que o produto tenha visibilidade”, explica.

Cará observa que a Shopee opera principalmente com produtos menores, como vestuário, cosméticos e acessórios para celular. “Já o Mercado Livre, que funcionava em Água Vermelha e hoje opera no CEAT, em São Carlos, distribui qualquer tipo de produto. Eles se vangloriam de enviar tudo: equipamentos para autos, qualquer item”, comenta o especialista.

Segundo ele, os números apontados representam apenas a volumetria média. “Dependendo do calendário de celebrações — Dia dos Pais, Dia das Mães, Natal, entre outros — o volume pode até subir”, acrescenta.

O e-commerce reúne empresas de tecnologia e a maior plataforma de comércio eletrônico da América Latina, conectando milhões de compradores e vendedores para transacionar bens e serviços pela internet. Ele oferece um ecossistema completo de soluções, incluindo plataforma de compra e venda (Marketplace), serviços de pagamento (Mercado Pago), logística e envio (Mercado Envios), além de outras ferramentas financeiras e de marketing para empresas e pessoas físicas.

 O especialista em logística, Felipe Amador Cará : – O especialista em logística, Felipe Amador Cará : “Modalidades como o mercado pet, mesmo tendo um volume de vendas on-line expressivo, ainda precisam do trato e do contato direto com atendente/vendedor por uma questão cultural”

Crescimento

O Observatório do Comércio Eletrônico Nacional, ligado ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), constatou que, em 2023, o comércio eletrônico brasileiro cresceu 4% em relação a 2022, movimentando R$ 196,1 bilhões. O setor mais do que quintuplicou de tamanho em relação a 2016, quando o movimento era de pouco mais de R$ 39 bilhões.

São Paulo, Espírito Santo e Minas Gerais concentraram, ao longo de 2023, 60% dos negócios realizados por meio do comércio eletrônico.

Perfil de compras

De acordo com o Observatório, com base em dados extraídos de notas fiscais eletrônicas da Receita Federal, os smartphones lideram as vendas do e-commerce brasileiro. Em 2023, esse produto movimentou R$ 10,3 bilhões. Em seguida aparecem livros, brochuras e impressos (R$ 6,4 bilhões); televisores (R$ 5,3 bilhões); refrigeradores e congeladores (R$ 5 bilhões); tablets (R$ 4,4 bilhões) e complementos alimentares (R$ 3,7 bilhões).

A lista de produtos mais vendidos varia de estado para estado. Em Minas Gerais, por exemplo, os mais vendidos foram calçados; no Espírito Santo, aparelhos de ar-condicionado. Em Santa Catarina e Paraíba, os campeões de venda foram refrigeradores e congeladores; em Goiás, automóveis; enquanto no Distrito Federal o livro liderou.

Adesão ao comércio on-line

Os dados do Observatório também mostraram diferenças significativas entre as regiões brasileiras. O Sudeste continuou a dominar o cenário, com 73,5% das vendas on-line; seguido pelo Sul (15,2%), Nordeste (7%), Centro-Oeste (3%) e Norte (1,3%).

Já em relação ao local de origem da compra, o Sudeste foi responsável por 55,6% dos negócios fechados, seguido por Sul (16,8%), Nordeste (15,8%), Centro-Oeste (8,3%) e Norte (3,3%).

(Com informações da Agência Brasil)

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