Crédito: divulgaçãoO diretor do CIESP São Carlos, Marcos Henrique dos Santos, afirmou em entrevista exclusiva ao São Carlos Agora que a entidade empresarial vê com otimismo o início das negociações entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o presidente Donald Trump. “Após um longo período de impasse, a retomada do diálogo é um passo importante para a reaproximação econômica entre os dois países”, afirma Santos.
A indústria de São Carlos tem sido duramente afetada por uma das tarifas mais elevadas aplicadas pelos Estados Unidos. “Na nossa visão, o cenário atual não tem como piorar — e, por isso, acreditamos que qualquer avanço nas negociações já representa um alívio e uma oportunidade de reconstrução de pontes comerciais”, comenta.
Santos espera um desfecho positivo após essa aproximação entre os líderes dos dois países. “Esperamos que, desta vez, prevaleça o bom senso econômico sobre as divergências ideológicas e que os governos de ambos os países concentrem seus esforços em medidas que favoreçam o crescimento mútuo. É importante lembrar que a tarifa de importação não penaliza apenas o exportador brasileiro, mas também o consumidor americano, que acaba pagando mais caro pelos produtos fabricados aqui”, conclui.
Ele segue a mesma tendência da Confederação Nacional da Indústria (CNI), que avaliou como “avanço concreto” a conversa entre o presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, e o dos Estados Unidos, Donald Trump, realizada nesta segunda-feira (6), por videoconferência.
De acordo com a confederação, Lula pediu a Trump a revogação da tarifa adicional sobre os produtos brasileiros. Segundo a CNI, caso a demanda seja aceita pelos Estados Unidos, seria aberto espaço para isentar US$ 7,8 bilhões em exportações brasileiras ao país.
O anexo Potential Tariff Adjustments for Aligned Partners (potencial ajuste tarifário para parceiros aliados, em tradução livre) foi apresentado pela Ordem Executiva dos EUA nº 14.346, em 5 de setembro, e prevê possíveis isenções tarifárias para 1.908 produtos, condicionadas a compromissos em matéria de comércio e segurança.
De acordo com a análise da CNI, o anexo abrange 18,4% do total exportado pelo Brasil ao mercado estadunidense em 2024. Esse percentual se somaria aos 26,2% já isentos de tarifas adicionais. Café, cacau, frutas e produtos metálicos estão entre os itens que podem ser beneficiados. (Com informações da Agência Brasil)





