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Câmeras de captação noturna, termômetros digitais com tecnologia infravermelha e avançados medidores de energia — específicos para detectar a presença de espíritos. Tão comuns em filmes de ficção científica, esses aparelhos foram utilizados por caça-fantasmas que visitaram, na última semana, o casarão ‘assombrado’ do Assentamento Bela Vista, em Araraquara.
“Lemos a matéria sobre locais assombrados de Araraquara [publicada há duas semanas pela Tribuna] e viajamos mais de 400 quilômetros com o objetivo de ajudar essas almas”, justifica a paranormal Rosa Maria Jaques, de 64 anos, que há três anos caça fantasmas pelo Brasil, ao lado de seu marido, João Tocchetto, 53, responsável por gravar tudo com sua câmera.
Ela conta que teve sua primeira experiência paranormal aos seis anos. “No meu quarto, havia um quadro de Jesus Cristo. Um dia, a figura de Jesus olhou para mim, balançou a cabeça, sorriu e piscou. A partir daí, as visões começaram”, recorda-se.
Caçada
A reportagem da Tribuna Impressa acompanhou os caça-fantasmas durante a visita ao casarão do Bela Vista.
Antes mesmo de entrar na velha construção abandonada, Rosa aponta para o visor de um de seus equipamentos e relata que a temperatura do lugar caiu mais de 20ºC. “Isso é indício de que há algum espírito por perto”, explica.
Ao parar em frente à casa, Rosa conversa com o que ela diz ser o fantasma de um escravo. “Ele vai nos deixar entrar”, anuncia a paranormal, visivelmente concentrada.
Os caçadores percorrem cada cômodo do casarão. Todas as paredes são analisadas minuciosamente. Cerca de 20 minutos depois e o ‘fantasmômetro’ começa a apitar incessantemente.
“Viram? Eles estão aqui”, comemora Rosa, enquanto inicia, novamente, um ‘diálogo’ com outro espírito.
Lá fora, apesar da noite fria e do horário — quase 23 horas —um grupo de 50 pessoas aguardava ansioso pelo final das buscas. “É curioso, né? Imagina se encontram algo. Imagina a correria aqui”, prevê, sorridente, uma das moradoras.
‘Já cheguei a apanhar de um fantasma’, relata a paranormal
No ano passado, enquanto procurava entrar em contato com espíritos em uma fazenda localizada em Rio Claro/SP, Rosa teve, segundo ela, uma de suas piores experiências como caça-fantasma. “Uma pessoa que nos acompanhava começou a zombar da história do local, assim como dos personagens que lá viveram. De repente, o espírito do homem quem atuava como capataz na época dos escravos, revoltou-se e me puxou. Caí e quebrei o pulso. Todos ficaram muito assustados”, lembra a paranormal.





