Um caso de traição terminou em tragédia na sexta-feira (15) a noite no bloco 34 do conjunto habitacional Romeu Santini no Botafogo. O operário C. H.C.P. de 27 anos, matou com uma facada no coração o corretor de imóveis V.Q.L. de 31 anos, após flagrá-lo sua esposa, a recepcionista E.L.C.P. de 23 anos em seu próprio apartamento.
Na tentativa de fugir do marido o corretor pulou da janela do quarto, localizado no 3º andar do prédio. Com as pernas fraturadas ele se arrastou até sua moto que estava estacionada na entrada do bloco para tentar fugir. Só que C. H.C.P. desceu atrás dele, entrou em luta com o amante e depois desferiu um golpe de faca atingindo o coração de V.Q.L., como era mais conhecido o corretor. Ele teve morte instantânea, seu corpo ficou em frente ao prédio até a chegada da Polícia Cientifica. A recepcionista, no Plantão Policial não quis gravar entrevista mas confirmou que havia iniciado um romance com o corretor há quatro dias. Os dois trabalhavam na mesma imobiliária. A mulher declarou que estava na sala com o amante e negou que estivesse tendo relação sexual com o mesmo na hora do flagrante. Arrependida ela a todo o momento perguntava pelo marido e dizia ter feito uma grande besteira. C. H.C.P.fugiu com seus dois filhos assim que esfaqueou V.Q.L.em seu carro. As crianças foram deixadas na casa da avó paterna.
Até o final da tarde de ontem ele ainda não havia se apresentado a Polícia.O crime ocorreu por volta das 23h25. O São Carlos Agora esteve no local e apurou junto a testemunhas e com o delegado da Delegacia de Investigações Gerais (DIG), Gilberto de Aquino que C. H.C.P.estava trabalhando (ele entrava às 17hs e saia às 2h35) quando alguém ligou informando que sua mulher estaria com outro homem em seu apartamento situado na rua João Frederico Bianzetti, bloco 34. Ele saiu do trabalho antes do horário e foi até o apartamento.Quando chegou flagrou a mulher e o corretor juntos, os filhos estavam dormindo em um quarto. Aquino disse à reportagem que E.L.C.P. declarou que estava na sala apenas conversando com o corretor, foi onde começou uma discussão entre os dois homens. V.Q.L.então teria corrido para o quarto e pulou a janela de uma altura de aproximadamente 7 metros.
Na queda ele fraturou as pernas, mesmo assim conseguiu se arrastar até sua moto, uma Honda Titan, preta, placa DNP 6413 (São Carlos) que se encontrava parada em frente ao prédio. C. H.C.P. transtornado com que havia visto, desceu os três andares e encontrou o corretor tentando subir na moto, foi onde ocorreu à briga entre os dois, Pereira armado de faca deu um único golpe atingido o coração de V.Q.L..Depois, C. H.C.P.ainda teria pedido desculpas aos moradores do prédio pelo ocorrido e voltou ao apartamento onde pegou seus dois filhos, um menino de 6 e uma menina de 2 anos deixando o local em seu Logus vinho.
Moradores do prédio acionaram o Resgate dos Bombeiros, Samu e a Polícia Militar.Quando as viaturas chegaram, encontraram o corretor morto.Após a confirmação de que a vítima estava morta, a preocupação dos policiais passou a ser com as crianças. As mesmas foram deixadas pelo acusado na casa de sua mãe e depois ele fugiu sem dar satisfações a ninguém.
O corpo de V.Q.L.ficou em frente ao prédio até por volta das 0h40 quando foi liberado pelo perito da Polícia Cientifica.
E.L.C.P. foi conduzida ao Plantão Policial onde prestou depoimento ao delegado Gilberto de Aquino. Ela não quis gravar entrevista, mas confirmou a reportagem que havia iniciado o romance com o corretor há quatro dias por que o relacionamento com o marido a qual já durava sete anos estava frio.
Antes de entrar no apartamento com V.Q.L.ela teria ficado com ele por algum tempo na frente do prédio. E.L.C.P. quando começou a relembrar o que havia acontecido começou a chorar e a todo o momento dizia que havia feito uma grande besteira e que estava preocupada com o marido.
Por volta das 3h, os familiares do corretor chegaram no Plantão Policial e tomaram conhecimento da tragédia ocorrida.O delegado Aquino disse que C. H.C.P. responderá pelo crime de homicídio, provavelmente pelo homicídio privilegiado. “Ele vai responder por homicídio, mas o que aparenta aqui é que ele cometeu este crime mediante violenta emoção, por que pelo quadro que viu, ele acreditou e tudo indica aqui que ela estaria praticando adultério, só que eu ainda não sei o que ele viu, ela nega que estava mantendo relação sexual com o corretor dentro da casa, mas ele não deve ter gostado do quadro que viu e por isso cometeu este ato, logicamente é um homicídio e ele responderá a este crime, vamos aguardar que ele se apresente”, explicou.V.Q.L., tinha quatro filhos de dois relacionamentos, atualmente estava separado a quatro meses da última mulher e residia na casa de parentes no Jardim Pacaembu.
