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sábado, 13 de dezembro de 2025
Segurança

Suspeito ouvido pela DIG admite ter estrangulado cadeirante na região sul de São Carlos

29 Out 2025 - 06h01Por Da redação
Ana Paula de Oliveira - Crédito: Reprodução Ana Paula de Oliveira - Crédito: Reprodução

A Delegacia de Investigações Gerais (DIG) segue apurando a morte da cadeirante Ana Paula de Oliveira, 45 anos, encontrada na manhã do último dia 17, enrolada em um cobertor e jogada próximo a um bueiro na Rua Atílio Pratavieira, no Jardim Presidente Collor, às margens da SP-215, na região sul de São Carlos.

Uma testemunha que passava pelo local sentiu um forte odor e localizou o corpo da vítima, já em avançado estado de decomposição. A Polícia Militar foi acionada e isolou a área até a chegada do delegado Caio Iberê Galvão, da Central de Polícia Judiciária (CPJ), que esteve acompanhado por investigadores e peritos do Instituto de Criminalística (IC). As primeiras análises indicaram que a mulher poderia ter sido vítima de esganadura.

Investigações

O caso foi imediatamente comunicado ao delegado titular da DIG, João Fernando Baptista, que colocou a equipe de homicídios no caso. No mesmo período em que familiares sepultavam a vítima, no sábado (18), a Polícia Civil recebeu informações de que um homem conhecido como “Misa” poderia estar envolvido no crime. Moradores relataram que ele teria sido visto com Ana Paula pouco antes do desaparecimento.

O suspeito foi identificado pelas iniciais M. M. C. S., de 23 anos, desempregado e morador da região do Cidade Aracy.

Sabendo que poderia ser preso, o suspeito procurou a advogada criminalista Fabiana Carlino e se apresentou à DIG no dia 20. Em depoimento ao delegado João Fernando Baptista, ele confessou o crime, relatando que usava crack e bebida alcoólica com a vítima e que a discussão começou após ela supostamente furtar parte da droga. Ele disse ter recebido um tapa no rosto e, irritado, apertou o pescoço da cadeirante até que ela desmaiasse.

Ao retornar ao local algum tempo depois, percebeu que ela estava morta. Com medo de ser descoberto, enrolou o corpo em um cobertor, arrastou-o até próximo do bueiro e ateou fogo na cadeira de rodas, cuja estrutura metálica teria sido recolhida por usuários de drogas para vender.

Celular vendido por R$ 20 para comprar drogas

Questionado sobre o celular da vítima, o suspeito admitiu que o encontrou no dia seguinte à morte, vendeu a um comerciante por R$ 20 e usou o dinheiro para comprar mais drogas. O aparelho foi recuperado pela DIG e devolvido à família da vítima.

Reconstituição e continuidade das apurações

A advogada afirmou que seu cliente não possui antecedentes criminais, estaria arrependido e não desejava a morte de Ana Paula, a quem conhecia há anos.

O suspeito foi levado ao local do crime, onde detalhou passo a passo suas ações. Os investigadores constataram sinais de incêndio no ponto onde a cadeira foi queimada e localizaram o estabelecimento que comprou o celular.

Laudo e possível prisão

O delegado João Fernando Baptista informou que o caso está esclarecido e aguarda laudo do IML para determinar oficialmente a causa da morte. Outras testemunhas ainda serão ouvidas antes da conclusão do inquérito.

Não está descartada representação pela prisão de M. M. C. S., 23 anos.

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