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sexta, 05 de dezembro de 2025
Segurança

Golpistas se passam por integrantes do PCC para extorquir empresários e comerciantes em São Carlos

Polícia Civil alerta para o golpe aplicado por criminosos que fazem ameaças de invasão e sequestro em troca de transferências bancárias

11 Out 2025 - 06h57Por Da redação
Golpe pelo telefone - Crédito: imagem ilustrativa Golpe pelo telefone - Crédito: imagem ilustrativa

A Polícia Civil de São Carlos está investigando uma série de telefonemas feitos para residências, empresas, comércios e até escolas do município, nos quais marginais, se passando por integrantes da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC), estariam fazendo ameaças de invasão e sequestro de clientes em troca de pagamentos via PIX.

Extorsão e medo

De acordo com as denúncias, as vítimas relatam que os falsários entram em contato por telefone e afirmam estar monitorando seus estabelecimentos, exigindo transferências imediatas para evitar invasões ou sequestros.
Muitas pessoas, em pânico, procuraram a Polícia Militar, a Guarda Municipal e a Polícia Civil para registrar ocorrência e buscar orientação.

Uma das vítimas contou que recebeu ligações insistentes de um homem que se identificava como membro do PCC e exigia o depósito de valores via PIX, sob ameaça de violência contra clientes e funcionários.

O golpe do PIX

Aterrorizada, essa vítima acionou imediatamente a polícia, que a orientou a não efetuar nenhuma transferência e repassou informações sobre o chamado “golpe do PIX”.

O delegado João Fernando Baptista, da Delegacia de Investigações Gerais (DIG), confirmou que a corporação vem recebendo diversas denúncias semelhantes e tranquilizou a população:

“Os criminosos conseguem o telefone das empresas, até mesmo das pessoas, através das redes sociais ou da própria fachada do estabelecimento. Eles ligam se passando por membros de uma organização criminosa e, por meio do medo que impõem, fazem chantagens, dizendo que se a pessoa não fizer uma transferência via PIX, vão invadir o local”, explicou o delegado.

Baptista reforçou que nenhuma facção criminosa atua dessa forma:

“Não existe organização criminosa que aja assim. Essas organizações ganham dinheiro de outra forma, não aplicando golpes em pequenas empresas ou pedindo valores baixos”, destacou o delegado.

Orientações da Polícia Civil

O delegado orienta que as pessoas não realizem nenhum tipo de pagamento e bloqueiem imediatamente o número do telefone de origem.
Em caso de transferência já realizada, a recomendação é entrar em contato com o banco para tentar bloquear o PIX e registrar boletim de ocorrência o quanto antes.

“Se for um telefone celular, bloqueie o número imediatamente. E caso a pessoa caia nesse golpe, deve entrar em contato com o banco para tentar bloquear o PIX e registrar um boletim de ocorrência para que o caso seja devidamente investigado”, alertou Baptista.

Ele também fez um alerta sobre o uso das redes sociais:

“Hoje é muito difícil falar em privacidade diante de todas as redes sociais que existem, mas isso não quer dizer que as pessoas não tenham que ter o devido cuidado. Evitem divulgar documentos, fotos ou o local onde moram. Tudo isso facilita a ação de criminosos”, completou.

Farsa virtual

Segundo a investigação, os criminosos utilizam dados obtidos na internet — como endereços, imagens de fachada e nomes de familiares — para montar uma narrativa convincente.
Durante as ligações, mencionam detalhes sobre o cotidiano das vítimas e locais próximos, passando a falsa impressão de que estão observando o alvo em tempo real.

Eles afirmam estar com clientes de lojas ou comércios e ameaçam invadir os locais, o que gera pânico e leva algumas pessoas a realizar as transferências.

Alerta final

A Polícia Civil reforça que em nenhuma hipótese se deve efetuar transferências financeiras por medo ou ameaças recebidas por telefone.
Qualquer tentativa de extorsão deve ser comunicada imediatamente às autoridades por meio dos números 190 (Polícia Militar)153 (Guarda Municipal) ou diretamente na Delegacia de Polícia Civil mais próxima.

A DIG segue investigando o caso e busca identificar, o mais rápido possível, os envolvidos no golpe.

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