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domingo, 14 de dezembro de 2025
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Tese que automatiza uso de IA na saúde vence prêmio da USP

15 Jul 2025 - 12h12Por Jessica Carvalho R.
“Quando facilitamos o uso da IA por profissionais das ciências biológicas e da saúde, promovemos não apenas a inclusão tecnológica, mas avanços que podem beneficiar diretamente a ciência, a economia e a qualidade de vida das pessoas”, destaca Robson | (cr - “Quando facilitamos o uso da IA por profissionais das ciências biológicas e da saúde, promovemos não apenas a inclusão tecnológica, mas avanços que podem beneficiar diretamente a ciência, a economia e a qualidade de vida das pessoas”, destaca Robson | (cr -

Uma tese que propõe o uso democrático da inteligência artificial (IA) nas ciências da saúde venceu a 14ª edição do Prêmio Tese Destaque USP. Intitulada BioAutoML: Democratizando a Aprendizagem de Máquina nas Ciências da Vida, a pesquisa foi desenvolvida por Robson Parmezan Bonidia e orientada pelo professor André de Carvalho, no Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC) da USP, em São Carlos. O trabalho foi premiado na categoria Ciências Exatas e da Terra.

A tese propõe uma plataforma inovadora que automatiza todo o processo de aprendizado de máquina, sem necessidade de programação. A ferramenta permite que profissionais da saúde insiram dados como sequências genéticas e recebam modelos treinados e prontos para análise. A proposta visa reduzir desigualdades tecnológicas, facilitando o acesso à IA, especialmente no hemisfério sul.

O projeto já havia recebido reconhecimento internacional: foi destaque no LARA-Google em 2021 e finalista no Falling Walls Lab Brasil em 2022. Entre as aplicações da ferramenta estão a análise de sequências genéticas do SARS-CoV-2, identificação de peptídeos anticâncer e estudo de variantes do HIV. Segundo Bonidia, em alguns testes a ferramenta obteve resultados superiores aos de pesquisas científicas publicadas.

A premiação aconteceu no dia 25 de junho, em São Paulo. Em 2025, o prêmio teve número recorde de inscritos: 293 teses. Os vencedores em 14 áreas do conhecimento receberam R$ 10 mil e seus orientadores, R$ 5 mil. Além do mérito científico, o prêmio reconhece relevância social, inovação e alinhamento com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU.

A pesquisa também deu origem ao projeto AutoAI-Pandemics, coordenado pelo professor André de Carvalho, que busca expandir o uso responsável da IA no combate a epidemias e pandemias, especialmente no Sul Global.

Assessoria USP

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