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sexta, 05 de dezembro de 2025
Saneamento básico

ETE Monjolinho completa 17 anos de atividades

Maior obra pública já realizada em São Carlos, ela foi idealizada e projetada por especialistas da USP São Carlos; ex-presidente Cotrim comemora a data

01 Dez 2025 - 18h40Por Da redação
ETE Monjolinho - Crédito: Arquivo ETE Monjolinho - Crédito: Arquivo

Exatamente no dia 1º de dezembro de 2008, há 17 anos, era inaugurada a primeira Estação de Tratamento de Esgoto de São Carlos, a ETE do Monjolinho. “Este dia traz à minha memória um dos dias mais felizes da minha vida, pois é o aniversário de 17 anos da conclusão das obras da ETE Monjolinho, ocorrido em 1º de dezembro de 2008”, afirma Eduardo Cotrim, que era o presidente do SAAE na época e que teve papel decisivo tanto na construção quanto nas operações da ETE.

“Ainda hoje, esta é considerada a maior obra pública da história de São Carlos em todos os séculos XX e XXI, que eu, como presidente da autarquia de saneamento básico, juntamente com seus servidores, tive a satisfação de ter dirigido”, ressalta Cotrim.

Cotrim destaca que a solenidade contou com a presença da então senadora e hoje ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, além de autoridades do Governo Federal, Governo Estadual e Governo Municipal, bem como representantes de vários municípios da região.

Ele coordenou a obra e presidiu a inauguração — ou start — da Estação de Tratamento de Esgoto ETE Monjolinho, localizada na estrada municipal Cônego Washington José Pêra, na Água Fria.

Ele ressalta que a grande e monumental obra, uma das mais modernas, representou à época o resgate da dívida ambiental de São Carlos, já que a cidade, até aquela data, não tratava um litro sequer do esgoto coletado. “Iniciou-se ali a superação da degradação ambiental que a nossa cidade e região sofriam há cerca de 150 anos”, destaca.

Cotrim lembra que os rios Monjolinho, Tijuco Preto e Gregório eram totalmente poluídos, mortos, sem vida. Com a destinação final dos efluentes orgânicos domésticos para a ETE, passaram a se recuperar lentamente, voltando a respirar e a ter vida. “Hoje, quase duas décadas depois, a água já está mais clara e, em muitos locais, os peixes já retornaram, ainda que timidamente. A vida está voltando, apesar das dificuldades em se conseguir levar todo o esgoto doméstico até a ETE”, comemora.

Cotrim com Marina Silva durante a inauguração da ETE Monjolinho: obra possibilitou a recuperação dos cursos d’água de São Carlos que eram vítimas da poluição

Na Capital da Tecnologia, ele também recorda que o projeto da ETE foi desenvolvido por pesquisadores da Escola de Engenharia de São Carlos da Universidade de São Paulo (USP), sendo reconhecido nacionalmente como um dos melhores e mais avançados já implantados no país.

A primeira etapa da Estação, inaugurada naquela data, passou a tratar cerca de 75% do esgoto coletado na sede do município; hoje, trata mais de 90%. “Foi um dia memorável e um marco histórico para a sustentabilidade. Nossos rios voltaram a respirar, a ter oxigênio, voltaram a viver, a ter fauna novamente, pois estavam totalmente mortos. Lentamente estão se recuperando, apesar de ainda haver muito a fazer no saneamento de São Carlos”, diz o ex-presidente do SAAE.

“Estou muito feliz. Fazem já dezessete anos e ainda há muito por fazer pelo saneamento em São Carlos e no Brasil, mas essa foi a obra mais esperada. Meus parabéns a todos que lutaram por isso, aos funcionários do SAAE, aos funcionários das empresas contratadas, aos engenheiros e projetistas, aos técnicos da Federal e da USP, em especial ao saudoso professor José Roberto Campos, cérebro do projeto, e à empresa SEREK, representada pelo saudoso engenheiro Ventura”, conclui.

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