Presidente da OAB de São Carlos, advogada Andrea Valdevite. - Crédito: Foto: Abner AmielEm um dia de reflexão e celebração das conquistas femininas, o 8 de março, Dia Internacional da Mulher, é também uma data que convida a todos a pensar nos desafios que ainda persistem para as mulheres em todo o mundo. Em entrevista exclusiva ao SCA, a presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) São Carlos, a advogada Andrea Valdevite, revelou sua visão sobre o papel das mulheres na advocacia.
Para a advogada Andrea, o Dia Internacional da Mulher é uma data de grande importância tanto para as advogadas quanto para o sistema de justiça. Além disso afirmou que a OAB tem trabalhado fortemente pela equidade de gênero e combate de toda forma de discriminação.
Andrea presidirá a 30ª Subseção da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) de São Carlos no triênio 2025 – 2027. Ela venceu no dia 21 de novembro de 2024 a eleição para a presidência por 553 votos (51,59% dos votos válidos) a 519, do candidato Alex Pádua, que tinha apoio do antigo presidente, o advogado Renato de Barros. Veja a entrevista completa abaixo.
1.Como a senhora vê a evolução da presença feminina na advocacia ao longo dos anos, especialmente nas esferas de liderança dentro da OAB?
A evolução da presença feminina na advocacia tem sido notável ao longo dos anos, refletindo uma transformação significativa no cenário profissional. Inicialmente, a advocacia era predominantemente masculina, mas, com o tempo, as mulheres começaram a conquistar espaço, enfrentando desafios relacionados ao preconceito de gênero e à discriminação. Hoje, as mulheres têm se destacado tanto em áreas especializadas quanto em cargos de liderança dentro da OAB.
2.Quais desafios as mulheres enfrentam atualmente no Brasil? E como a OAB tem trabalhado para superar essas barreiras?
As mulheres no Brasil enfrentam diversos desafios, incluindo desigualdade de gênero, violência doméstica, discriminação no mercado de trabalho, dentre outras. A violência doméstica, por exemplo, é uma realidade para muitas mulheres brasileiras, com altos índices de agressões e feminicídios. Além disso, as mulheres ainda ganham, em média, menos que os homens para o mesmo trabalho e ocupam uma menor representação em cargos de liderança e poder.
A OAB tem se dedicado com afinco para superar essas barreiras, especialmente, por meio de ações que promovam a igualdade de gênero, a educação, a conscientização, o respeito e intervindo para a promoção da justiça social.
3.A OAB tem alguma política ou ação voltada para a promoção da igualdade de gênero na profissão? Como essas ações foram impactadas como advogadas?
Sem dúvida, a OAB tem trabalhado fortemente pela equidade de gênero e combate de toda forma de discriminação. A presença feminina na OAB, em cargos de liderança, tem sido crescente, embora ainda haja um caminho a percorrer para alcançar uma representação totalmente equitativa. Nos últimos anos, observamos avanços importantes, como o aumento do número de mulheres ocupando posições de destaque, como a presidência de secionais e subseções da OAB, além de sua participação em comissões e grupos de trabalho que impactam diretamente o desenvolvimento da advocacia no Brasil.
Além disso, a luta por igualdade de gênero e pela criação de políticas de apoio às advogadas tem ganhado força. A criação de comissões específicas de mulheres na OAB tem sido uma ferramenta importante para debater e implementar ações voltadas à valorização da mulher na profissão, o que demonstra um movimento de valorização crescente da mulher no espaço jurídico.
4.Em sua visão, qual é a importância do Dia Internacional da Mulher para as advogadas e para o sistema de justiça como um todo?
O Dia Internacional da Mulher é de grande importância tanto para as advogadas quanto para o sistema de justiça, pois é um momento de reflexão, celebração e conscientização sobre as conquistas alcançadas, bem como sobre os desafios ainda enfrentados pelas mulheres na profissão jurídica e na sociedade de forma geral.





