GNV - Crédito: Reprodução: HiperativafmOs pedidos para inclusão de gás natural veicular (GNV) em carros e motos caíram drasticamente no Estado de São Paulo nos últimos cinco anos. Dados do Detran-SP mostram que as solicitações, que chegaram a quase 10 mil em 2021, recuaram para cerca de 2.500 no ano passado, queda de 75%. Em 2024, até outubro, foram registrados apenas 1.254 pedidos, 64% a menos que em 2019.
A redução da procura reflete diretamente no tamanho da frota ativa com GNV, que também está encolhendo ano a ano. O Estado tinha 215 mil veículos com abastecimento a gás em 2020; hoje, são 142.587 — retração de 34%. Na capital paulista, o movimento é semelhante: de 88,3 mil veículos em 2020, restam 59.019 (queda de 33%).
Entre os motivos para a migração, taxistas afirmam que a economia do GNV deixou de compensar. Maicon Silva, profissional há dez anos, adotou o sistema em 2021 e desistiu neste ano. Segundo ele, o aumento no preço do gás reduziu a vantagem sobre o etanol, enquanto o custo da adaptação e a perda de espaço no porta-malas passaram a pesar na decisão. “Muitos taxistas, quando trocam de veículo, não querem mais saber do gás natural”, contou.
A capital acompanha a tendência estadual: após registrar mais de 4 mil pedidos de instalação de GNV em 2021, o número caiu para 946 em 2024. Até outubro deste ano, foram apenas 691 solicitações.





