Casas populares - Crédito: divulgaçãoAs famílias de baixa renda poderão financiar imóveis mais caros pelo Minha Casa, Minha Vida. O Conselho Curador do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (CCFGTS) aprovou, no último dia 11, o aumento do valor máximo dos imóveis do programa habitacional e o orçamento do FGTS de R$ 160,2 bilhões para o próximo ano.
“As medidas terão efeito prático com as regras valendo já em janeiro de 2026 e vão beneficiar 263 municípios. O aumento não é expressivo, mas terá efeito positivo, principalmente no mercado de imóveis usados, onde existe muita oferta. Sem dúvida, é uma excelente notícia para o mercado imobiliário. O déficit habitacional ainda é muito grande e a demanda, com certeza, será muito grande”, afirma o presidente do CRECISP (Conselho Regional de Corretores de Imóveis do Estado de São Paulo), José Augusto Viana Neto, em entrevista exclusiva ao São Carlos Agora.
MUDANÇAS — A medida amplia o teto para até R$ 275 mil, a depender do porte do município, e deve beneficiar famílias das faixas 1 e 2 do programa, que atendem, respectivamente, rendas mensais de até R$ 2.850 e de R$ 2.850 a R$ 4,7 mil em áreas urbanas.
Em áreas rurais, o reajuste alcança famílias com renda anual de até R$ 66 mil. O novo limite de financiamento varia conforme o tamanho da cidade:
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Municípios com mais de 750 mil habitantes: de R$ 264 mil para R$ 275 mil;
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Entre 300 mil e 750 mil habitantes: de R$ 250 mil para R$ 270 mil;
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Entre 100 mil e 300 mil habitantes: de R$ 230 mil para R$ 245 mil.
Ao todo, 263 municípios serão beneficiados pela atualização dos valores. A decisão foi aprovada por unanimidade durante reunião do Conselho Curador, que conta com representantes do governo, dos trabalhadores e dos empregadores.
ORÇAMENTO DO FGTS — Na mesma reunião, o Conselho aprovou o orçamento financeiro, operacional e econômico do FGTS para 2026, no valor de R$ 160,2 bilhões, um aumento de 5,4% em relação ao orçamento vigente de 2025.
Do total, R$ 144,5 bilhões serão destinados à habitação, sendo R$ 125 bilhões voltados à habitação popular. Os setores de saneamento básico e infraestrutura urbana receberão R$ 8 bilhões cada. Já os subsídios a famílias de baixa renda terão R$ 12,5 bilhões em recursos, valor superior aos R$ 12 bilhões previstos para 2025.
De acordo com o Conselho Curador, o aumento permitirá ampliar o subsídio para famílias da Região Norte, que poderão receber até R$ 65 mil na compra da casa própria com recursos do FGTS a partir de 2026. Nas demais regiões, o valor máximo do benefício permanecerá em R$ 55 mil.
Presidida pelo ministro do Trabalho, Luiz Marinho, a reunião também aprovou os orçamentos plurianuais do Fundo para o período de 2027 a 2029. A previsão é de R$ 144,5 bilhões para 2027 e de R$ 139,5 bilhões para 2028 e 2029.
As medidas estão alinhadas às metas do governo federal de ampliar o acesso à moradia popular e impulsionar programas prioritários, como o Minha Casa, Minha Vida e o Novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). (Com informações da Agência Brasil)





