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domingo, 14 de dezembro de 2025
Araraquara

Mãe pede justiça após morte de jovem eletrocutado em empresa de mineração

14 Dez 2025 - 08h21Por Da redação
Mãe pede justiça após morte de jovem eletrocutado em empresa de mineração - Crédito: arquivo pessoal Crédito: arquivo pessoal

A mãe de Miguel José Cândido, de 20 anos, usou as redes sociais para pedir justiça pela morte do filho, ocorrida na manhã da última quarta-feira (10), em uma empresa de mineração localizada no Distrito Industrial I, em Araraquara. O caso é investigado pela Polícia Civil.

Miguel sofreu uma descarga elétrica enquanto trabalhava como auxiliar operacional. Em um desabafo emocionado, a mãe, Luciana Cassia, afirmou que o filho não tinha experiência com máquinas elétricas e levantou questionamentos sobre os procedimentos adotados após o acidente. Segundo o boletim de ocorrência, o jovem foi encontrado inconsciente por colegas de trabalho em uma área da empresa situada na Avenida Francisco Carlos Merlos.

“Meu filho não tinha experiência com máquinas elétricas. Ele era um menino prestativo, ajudador, que não sabia dizer não e isso não foi um acidente levaram o miguel ao encontro da morte”, desabafa a mãe.

Ainda conforme o registro policial, o local onde Miguel foi encontrado apresentava piso molhado, além de maquinário e fiação elétrica exposta, fatores que teriam contribuído para o choque elétrico. O Corpo de Bombeiros foi acionado e iniciou o resgate, mas durante o deslocamento a equipe encontrou a Unidade de Suporte Avançado (USA) do Samu, que assumiu o atendimento. Apesar das tentativas de reanimação, o jovem não resistiu e morreu antes de chegar ao hospital.

Luciana também afirma que, no momento do ocorrido, a Polícia Militar e a perícia não foram acionadas para comparecer à empresa e preservar o local, procedimento considerado padrão em casos de morte no ambiente de trabalho. Segundo ela, apenas horas depois representantes da empresa, acompanhados por duas advogadas, procuraram a delegacia para registrar o boletim de ocorrência.

“Mandaram ele para um lugar de risco, de descarga elétrica, mesmo sabendo do perigo. Ele saiu de casa para trabalhar e não voltou mais , isso que destrói qualquer mãe”, lamenta.

De acordo com a família, o intervalo entre o acidente e o registro da ocorrência, bem como a forma de comunicação, não seriam compatíveis com a dinâmica dos fatos, o que também teria chamado a atenção dos investigadores. No desabafo público, a mãe sustenta ainda que o filho foi exposto a uma área de risco, inclusive sob chuva, e cobra responsabilização.

As declarações são tratadas como alegações da família, que pede apuração rigorosa das circunstâncias da morte. O caso foi registrado e segue sob investigação da Polícia Civil, que deverá analisar eventuais responsabilidades administrativas e criminais, verificar os protocolos de segurança adotados pela empresa e analisar imagens de câmeras de segurança.

“Meu filho era um fantoche, mandavam ele fazia e confiava. Eu quero justiça, os responsáveis daquela empresa têm que pagar muito caro por isso”, concluiu.

O corpo de Miguel José Cândido foi sepultado na tarde de quinta-feira (11), no Cemitério dos Britos, sob forte comoção de familiares e amigos.

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