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sábado, 06 de dezembro de 2025
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USP apresenta projeto de IA para controle de epidemias em evento preparatório da COP30

17 Ago 2025 - 07h42Por Jéssica C.R.
USP apresenta projeto de IA para controle de epidemias em evento preparatório da COP30 -

O projeto AutoAI-Pandemics, desenvolvido pelo Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC) da USP, em São Carlos, foi destaque na Conferência Internacional sobre Clima e Saúde, realizada de 29 a 31 de julho, em Brasília. O evento, inédito no Brasil, integra a preparação para a COP30, que acontecerá em novembro, em Belém (PA).

Liderada pelo professor André Ponce de Leon Ferreira de Carvalho, a iniciativa integra a rede AI4PEP (Artificial Intelligence for Pandemic and Epidemic Preparedness & Response), que reúne pesquisadores do Hemisfério Sul para criar soluções de inteligência artificial voltadas ao fortalecimento de sistemas de saúde. Representando o núcleo brasileiro, o pesquisador Guilherme Tegoni Goedert (FGV EMAp) apresentou ferramentas já desenvolvidas, como:

  • Análise epidemiológica automatizada para detecção precoce de surtos e apoio a políticas públicas;
  • Análise de bioinformática para desenvolvimento de medicamentos e vacinas;
  • Combate à desinformação com verificação de fontes confiáveis.

O trabalho despertou interesse de representantes de ministérios da saúde de outros países do Sul Global, resultando em negociações para adaptar as tecnologias a diferentes realidades locais.

A rede AI4PEP, criada em 2022, reúne mais de 20 países. No Brasil, além do ICMC e da FGV, participam pesquisadores da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR). Parte do projeto foi inspirada na tese BioAutoML de Robson Bonidia, defendida em 2024. A iniciativa já recebeu dois financiamentos internacionais e mantém parcerias com a Secretaria de Saúde do Rio de Janeiro, hospitais e municípios paulistas para desenvolver sistemas de vigilância que utilizam dados de prontuários médicos e geram alertas preventivos.

Para o professor André, apresentar essas soluções em um fórum preparatório da COP30 reforça o protagonismo da ciência brasileira na construção de sistemas de saúde mais resilientes, especialmente em regiões vulneráveis.

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