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sábado, 13 de dezembro de 2025
Desenvolvimento

São Carlos lidera PIB regional com R$ 14,1 bilhões

Somados, os municípios de São Carlos e Araraquara concentram R$ 26 bilhões, ou seja, 52% do PIB regional, que é de R$ 49,5 bilhões

07 Jul 2025 - 14h59Por Da redação
Linha de produção da Volkswagen: setor indústria perdeu espaço para serviços, mas ainda mantém força em vários municípios, principalmente Matão e Porto Ferreira - Crédito: Divulgação Linha de produção da Volkswagen: setor indústria perdeu espaço para serviços, mas ainda mantém força em vários municípios, principalmente Matão e Porto Ferreira - Crédito: Divulgação

De acordo com dados da Fundação Seade, com um PIB (Produto Interno Bruto) de R$ 14.141.854.369,00, São Carlos tem o maior nível de riqueza na região Central Paulista, que engloba um total de 26 municípios, cerca de 1 milhão de habitantes e PIB de R$ 49,5 bilhões.

Em segundo lugar aparece Araraquara, com PIB de R$ 11.953.237.471,00. Somados, os municípios de São Carlos e Araraquara concentram R$ 26.095.091.840,00, ou seja, 52% do PIB regional, que é de R$ 49.554.156.252,00. Os dados são da Fundação Seade, referem-se ao ano base de 2020 e estão disponíveis no portal da instituição.

Matão aparece em terceiro lugar, com PIB de R$ 5,3 bilhões. O quarto lugar é de Porto Ferreira, com R$ 2,4 bilhões. Descalvado vem na quinta posição, com R$ 2 bilhões. Se somarmos os cinco primeiros do ranking, teremos o montante de R$ 36.028.698.154,00, ou seja, 72% do PIB dos 26 municípios.

O secretário estadual de Desenvolvimento Econômico, Jorge Lima, afirma que a Região Central representa 1,8% do PIB estadual. Segundo ele, 81% do PIB paulista está concentrado em quatro regiões: Região Metropolitana de São Paulo, Campinas, São José dos Campos e Sorocaba.

“Temos 26 municípios que somam um PIB de R$ 49,5 bilhões. São Carlos tem o PIB de R$ 14,1 bilhões e Araraquara mais R$ 11,9 bilhões. Temos 50% do PIB concentrado em duas cidades. Temos nove municípios com PIB entre R$ 1,5 bilhão e R$ 4,5 bilhões, e outros 15 com PIB menor que R$ 1 bilhão. Então, estas cidades precisam ter oportunidades. Estes polos e cidades precisam entrar no jogo da empregabilidade. Temos que dar oportunidade às pequenas cidades para que elas se desenvolvam. Senão, vamos continuar no modelo tradicional de grandes cidades, com concentração populacional, desemprego, violência etc.”, comenta Lima.

Lima ressalta que o objetivo é distribuir o desenvolvimento pelos municípios paulistas, por meio da soma de esforços entre empresas e o poder público, na consolidação das vocações de cada local ou região. “Temos que entender as vocações dos municípios. Visitei 145 cidades e pretendo ir aos 645 municípios. Temos que encontrar essas vocações por meio da união entre empresários e universidades. Precisamos compreender a região e encontrar sua vocação”, destaca o secretário.

CAPITAL DA TECNOLOGIA

Conhecida como “Capital da Tecnologia”, São Carlos concentra um campus da UFSCar e um da USP, abrigando milhares de pesquisadores que já produziram muitas inovações científicas. Muitas empresas, principalmente startups, nasceram dentro das universidades ou em incubadoras de empresas, mas o parque metal-mecânico ainda é muito forte, com produção de eletrodomésticos, motores automotivos, compressores herméticos, fogões etc. Multinacionais como Tecumseh, Electrolux, Volkswagen e Faber-Castell também fazem parte da economia local, que é bastante diversificada. A construção civil também se destaca, pois a grande presença de universitários movimenta todo o segmento imobiliário.

O Seade Municípios revela que, atualmente, o setor de serviços é responsável por 60,7% da distribuição do PIB municipal. A indústria fica em segundo lugar, com 24,57%. Os impostos líquidos de subsídios somam 13,35% do PIB. O agronegócio vem em quarto lugar, com 1,3% do total das riquezas geradas ao longo de um ano.

Na indústria, destaque para a fabricação de máquinas e materiais elétricos, que responde por 43,1%. A fabricação de móveis e equipamentos representa 16,9% da produção fabril. Produtos alimentícios vêm logo atrás, com 14,4% do total. O setor de veículos automotores, reboques e carrocerias responde por outros 9,6%, e produtos têxteis aparecem com 5,2%.

Na distribuição do Valor Adicionado, serviços aparecem em primeiro lugar, com 58,65%. A indústria novamente vem em segundo, com 28,4%, e os serviços de administração pública somam 11,3%. A agropecuária fecha o VA com 1,7%.

MORADA DO SOL

Cidade que sedia empresas como Lupo, Hyundai HTM, Randon, Heineken, Nigro, entre outras, e que abriga um campus da Unesp, Araraquara tem o segundo maior PIB da região, com R$ 11.953.237.471,00. O município tem a distribuição do seu PIB destacada no setor de serviços, que representa 71% do total. Depois vem a indústria, com 17,2%. Os impostos líquidos de subsídios respondem por 10,7% e o agronegócio aparece com 1,1%.

Na indústria, o destaque vai para os produtos alimentícios, com 46,9% da produção. Depois vem o vestuário, com 15,5%. O segmento de máquinas e equipamentos representa 13,5% e o de bebidas, 5,9%.

Na composição do Valor Adicionado, serviços aparecem com 66,9%, a indústria com 19,3%, serviços de administração pública com 12,6% e agropecuária com apenas 1,2%.

EMERGENTES

Os municípios de Matão (R$ 5.356.571.323,00), Porto Ferreira (R$ 2.495.873.112,00) e Descalvado (R$ 2.081.161.879,00) podem ser chamados de “emergentes”.

Em Matão, o setor de serviços responde por 49,4% da distribuição do PIB municipal de R$ 4.415.471.227,00. Em seguida vem a indústria, com 35,5%. A produção industrial é concentrada em produtos alimentícios (73,3%) e máquinas e equipamentos (18,1%).

Capital Nacional da Cerâmica Artística e de Decoração, Porto Ferreira tem a rede de serviços (49%) como carro-chefe da economia. A indústria representa outros 33,2% do PIB. O setor fabril se destaca nos minerais não metálicos (55%), seguido por produtos alimentícios (20,2%).

“São Paulo me surpreende a cada dia. Temos 265 vinícolas no estado, com 20 premiadas de alta qualidade. Em Porto Ferreira, a Vidroporto está investindo R$ 500 milhões em uma nova fábrica. Lá, a força maior sempre foi cerâmica e móveis. Agora também há produção de vidro em alta escala, o que mostra a força do nosso estado”, comenta o secretário Jorge Lima.

Descalvado, que já foi a “Capital do Frango”, apresenta um PIB de R$ 2 bilhões. Deste total, os serviços representam 48,5%, seguidos da indústria com 24,9%. No setor industrial, 66,2% vêm dos produtos alimentícios, 19,8% dos biocombustíveis e 5,5% dos minerais não metálicos.

PIB NA REGIÃO CENTRAL
Município – PIB (SEADE – 2020)
1 – São Carlos – R$ 14.141.854.369,00
2 – Araraquara – R$ 11.953.237.471,00
3 – Matão – R$ 5.356.571.323,00
4 – Porto Ferreira – R$ 2.495.873.112,00
5 – Descalvado – R$ 2.081.161.879,00
6 – Ibitinga – R$ 1.965.222.526,00
7 – Taquaritinga – R$ 1.660.014.384,00
8 – Itápolis – R$ 1.630.819.908,00
9 – Américo Brasiliense – R$ 1.230.443.649,00
10 – Gavião Peixoto – R$ 1.184.185.051,00
11 – Ibaté – R$ 1.159.253.485,00
12 – Santa Rita do Passa Quatro – R$ 825.834.738,00
13 – Dourado – R$ 802.299.144,00
14 – Borborema – R$ 518.182.236,00
15 – Boa Esperança do Sul – R$ 380.753.261,00
16 – Nova Europa – R$ 377.460.822,00
17 – Ribeirão Bonito – R$ 371.778.478,00
18 – Tabatinga – R$ 340.423.445,00
19 – Rincão – R$ 226.043.087,00
20 – Fernando Prestes – R$ 205.593.634,00
21 – Dobrada – R$ 138.926.575,00
22 – Santa Lúcia – R$ 131.127.832,00
23 – Motuca – R$ 120.695.871,00
24 – Cândido Rodrigues – R$ 107.107.735,00
25 – Santa Ernestina – R$ 104.372.706,00
26 – Trabiju – R$ 44.919.531,00

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