Desde 2019, Kamila é coordenadora de várias iniciativas no ICMC voltadas à inserção digital para pessoas 60+ - Crédito: Arquivo pessoalA professora Kamila Rios, do Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC) da USP São Carlos, foi a única representante de universidades da região Sudeste a participar da oficina “Práticas que Conectam: Compartilhando soluções para a inserção digital de pessoas 60+”, iniciativa promovida pela Anatel em parceria com a UNESCO. O encontro aconteceu no último dia 25 de setembro, na sede da Anatel, em São Paulo.
O evento reuniu representantes de instituições públicas, privadas e do terceiro setor de todo o país, com o objetivo de mapear e divulgar experiências de inclusão digital para idosos. As oficinas foram realizadas nas cinco regiões brasileiras e, em São Paulo, Kamila apresentou o trabalho de extensão do ICMC, reconhecido por seu impacto social e educacional.
Desde 2015, o Instituto desenvolve cursos de letramento digital voltados à população idosa, como Práticas com smartphones para idosos, Noções básicas de fake news e Introdução à inteligência artificial para idosos. A docente coordena essas iniciativas desde 2019, ampliando a proposta para o formato remoto durante a pandemia, o que permitiu que o projeto fosse replicado em outras regiões do Brasil.
Segundo Kamila, o destaque da ação está no caráter transformador da relação entre gerações. “É uma troca constante. Os idosos aprendem a lidar com as tecnologias, e nossos alunos aprendem empatia e responsabilidade social”, destacou.
Além da dimensão pedagógica, a professora enfatizou a importância de parcerias entre universidades e o setor produtivo para fortalecer o alcance das ações de extensão. “A academia produz conhecimento que pode ser potencializado se houver mais integração com a indústria, que pode apoiar com bolsas e financiamento”, defendeu.
A participação da docente reforça o papel da USP na promoção da cidadania digital e do envelhecimento ativo, destacando o compromisso da universidade com a formação humanizada e inclusiva. A Anatel e a UNESCO devem agora consolidar as contribuições do ciclo de oficinas em um relatório nacional, voltado a orientar políticas públicas de inclusão digital para pessoas 60+.





