
O auditório do Paço Municipal de São Carlos recebeu, na manhã desta terça-feira (21), o 2º Seminário “Alimentar o Futuro – Região Central”, que reuniu autoridades, educadores, nutricionistas e representantes do setor privado para debater estratégias de fortalecimento da alimentação escolar e da segurança alimentar infantil.
Promovido pelo Conselho de Responsabilidade Social da FIESP, o evento contou com a presença do vice-prefeito Roselei Françoso, do secretário municipal de Educação Lucas Leão, do presidente do Concen e prefeito de Gavião Peixoto Adriano Marçal, e do diretor do Ciesp São Carlos, Marcos Henrique dos Santos.
Combate à insegurança alimentar
Durante o encontro, especialistas destacaram que cerca de 25% da população brasileira vive em insegurança alimentar, sendo que um terço dos lares com crianças de até 10 anos enfrenta dificuldades para garantir refeições adequadas.
A representante da FIESP, Aracélia Costa, apresentou os resultados do programa Alimentar o Futuro, que já capacitou mais de 900 cozinheiros escolares e 100 nutricionistas em 70 municípios. “Apesar de o Brasil ter saído do mapa da fome, o desafio permanece gigantesco”, afirmou.
Compromisso municipal
O secretário Lucas Leão ressaltou que a rede municipal de São Carlos atende mais de 16 mil alunos e que a alimentação saudável é prioridade. “A escola é, muitas vezes, o único lugar onde a criança encontra uma refeição completa. Investir na merenda é investir na dignidade e no aprendizado”, disse.
O vice-prefeito Roselei Françoso reforçou o papel da alimentação escolar como estratégia de desenvolvimento. “Garantir alimentação saudável não é apenas uma ação assistencial. É educar melhor, formar cidadãos mais conscientes e saudáveis.”
Integração e resultados
O presidente do Concen, Adriano Marçal, destacou que “construir seres humanos é o maior desafio dos gestores” e defendeu que a base de um futuro com menos violência e mais saúde está na infância. Já o diretor do Ciesp São Carlos, Marcos Henrique dos Santos, ressaltou o engajamento da indústria na causa: “Cada refeição servida nas escolas é resultado de um esforço coletivo que fortalece a educação e a saúde pública.”
O seminário também apresentou boas práticas municipais, como o caso de Itápolis, que integrou o programa Alimentar o Futuro às suas políticas públicas. À tarde, foram realizadas oficinas temáticas sobre captação de emendas parlamentares, implantação do Sistema Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (SisAN) e execução do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA).





