Funcionários dos 148 centros socioeducativos da Fundação Casa, antiga Febem, de todo o estado entraram em greve hoje (10). Os trabalhadores reivindicam piso salarial, reajuste real de 53,63%, reposição de perdas, isonomia do Plano de Cargos e Salários e, principalmente, aumento da segurança nos locais de trabalho.
O Tribunal Regional do Trabalho (TRT) determinou que 70% dos funcionários de cada uma das unidades mantenham as atividades, de modo que as medidas socioeducativas aplicadas aos adolescentes não sejam prejudicadas. Em caso de descumprimento, o TRT aplicará multa diária de R$ 100.000,00. De acordo com o tribunal, oficiais de Justiça serão enviados aos centros socioeducativos para verificar o cumprimento da decisão.
De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores em Entidades de Assistência e Educação à Criança, ao Adolescente e à Família do Estado de São Paulo (Sitraemfa), o governo propôs reajuste salarial de 3,97%, além de um reposicionamento por ajuste de curva de 2,2%, aumento do vale-refeição para R$ 350,00 por mês e do vale-alimentação para R$ 105,94 mensais, a equiparação do cargo de agente educacional com o de analista técnico, entre outros benefícios.
Em assembleia geral realizada ontem (9), em frente à sede da Fundação Casa, a categoria rejeitou a proposta e decretou greve geral. O Sitraemfa garantiu que os serviços de higiene e de alimentação serão mantidos nas unidades. “No entanto, acompanhamento de fóruns e atividades extras não serão contempladas”, informa nota da entidade.
São Carlos
Em São Carlos, cerca de 20 funcionários aderiram a paralisação. Os demais não entraram no prédio na manhã desta quinta-feira (10) e fizeram uma manifestação em frente a unidade.