São Carlos foi surpreendida nesta terça-feira, 26 de novembro, com a aprovação (pela Câmara Municipal) de dois projetos de lei que criam a Taxa do Lixo e a Taxa de Iluminação, além de uma reforma administrativa. Apenas três vereadores – Djalma Nery (PSOL), Raquel Auxiliadora (PT) e Azuaite França (CIDADANAI) votaram contra.
Embora Netto Donato só assuma a Prefeitura em 1º de janeiro de 2025, o impacto das novas taxas de lixo e iluminação, aprovadas em regime de urgência pela Câmara Municipal (17 votos a 3), já está sendo associado a ele. Afinal, será o governo Netto que irá se beneficiar dos recursos que serão tirados da população e passados para a Prefeitura Municipal.
A atual gestão justificou que as taxas atendem exigências legais, como o Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos, em cumprimento à Lei Municipal Nº 19.926/2020, além de recomendações da ANEEL e do Tribunal de Contas do Estado.
Ainda assim, a população não poupou críticas, mirando o prefeito eleito. Contudo, é preciso lembrar: o comando ainda é de Airton Garcia. Netto Donato herda desafios, mas não estas decisões.
Podemos indagar o seguinte: se as taxas realmente são necessárias e legítimas por que não foi realizado um debate amplo com a sociedade? Por que o governo não veio a público explicar este tema? Por que não houve audiência pública e tudo foi aprovado à toque de caixa???
Marqueteiros orientam prefeitos eleitos a comandarem os seus sacos de maldades neste fim de ano, antes de assumir. Estes apostam na ignorância e na alienação de grande parte da população.
Assim, pelo menos em tese, podem colocar a culpa no antecessor e também apostar no esquecimento da população. Porém, quando a conta chegar para ser paga, muitos eleitores de Netto poderão se sentir traídos. Seria, este pacotão de projetos, mais um Presente de Grego?
Marco Rogério/Jornalista