O aumento expressivo da frota veicular causa dos congestionamentos e na maior ocorrência de conflitos viários e acidentes - Crédito: Agência BrasilO município de São Carlos possui 840 motoristas cadastrados para realizar o transporte de passageiros por aplicativos, como Uber e 99. A informação é do secretário municipal de Segurança Pública e Mobilidade Urbana, Michael Teruo Yabuki. Em entrevista exclusiva ao São Carlos Agora, Yabuki afirma que a cidade precisa de uma legislação que regulamente o motofrete.
Quanto às medidas que a Pasta vem tomando para garantir um tráfego mais ágil e seguro, o secretário aposta nos três pilares fundamentais da mobilidade urbana — Engenharia, Fiscalização e Educação — que, de forma integrada, promovem um trânsito mais seguro, fluido e humano.
SCA – A sua pasta tem um controle do número de motofretes e Ubers na cidade? Quantos são?
Yabuki – Atualmente, o serviço de motofrete não é regulamentado no município de São Carlos, o que impossibilita a formalização dos prestadores e, consequentemente, o levantamento preciso de dados sobre a categoria.
Essa ausência de regulamentação constitui uma lacuna institucional que limita o poder público na gestão e fiscalização da atividade, dificultando o controle quantitativo e operacional. A elaboração e publicação de uma lei municipal específica para o setor é uma necessidade reconhecida por esta Secretaria, e a regularização da atividade é um objetivo em pauta para implementação em breve.
Com relação ao transporte por aplicativo (Uber), temos aproximadamente 840 motoristas cadastrados.
SCA – Quais os problemas causados por esse crescente número de veículos circulando pelas ruas de São Carlos?
Yabuki – O aumento expressivo da frota veicular tem impacto direto sobre a mobilidade urbana, refletindo-se principalmente na redução da fluidez do trânsito, no aumento dos congestionamentos e na maior ocorrência de conflitos viários e acidentes.
Esse crescimento impõe ao poder público um desafio constante de readequação da infraestrutura urbana, exigindo intervenções técnicas e operacionais muitas vezes onerosas e de execução complexa, para mitigar os efeitos negativos sobre o tráfego e a segurança viária.
Além disso, o ritmo de expansão da frota supera a capacidade de ampliação dos quadros de fiscalização e educação de trânsito, tornando necessária a constante otimização das ações educativas e de controle, de forma a garantir que o poder público consiga acompanhar a evolução da demanda e manter a segurança e a ordem viária.
Em síntese, trata-se de um fenômeno que demanda planejamento contínuo, investimentos estruturais e fortalecimento institucional, para que o sistema de mobilidade acompanhe a dinâmica urbana e garanta condições adequadas de circulação e segurança.
SCA – Quais medidas sua pasta toma para termos um trânsito mais funcional e seguro?
Yabuki – A Secretaria atua com base nos três pilares fundamentais da mobilidade urbana: Engenharia, Fiscalização e Educação, que, de forma integrada, promovem um trânsito mais seguro, fluido e humano.
A Engenharia de Tráfego é responsável pelo planejamento de rotas, requalificação viária e abertura de novas vias, sempre com foco na eficiência e na segurança dos deslocamentos.
A Educação para o Trânsito direciona campanhas permanentes de conscientização, buscando fortalecer o comportamento responsável e o respeito às normas.
Já a Fiscalização, de igual relevância, atua no controle da circulação e na aplicação da legislação de trânsito, garantindo a ordem e a segurança viária.
Esses eixos são potencializados pelo uso de tecnologia e monitoramento inteligente, por meio das câmeras da Guarda Municipal e de sistemas integrados, que permitem respostas rápidas a incidentes, acidentes, congestionamentos e outras ocorrências.
Também avançamos em projetos inovadores, como a criação de espaços de apoio a motofretistas — locais planejados para oferecer conforto e segurança durante pausas e intervalos de trabalho.
Por fim, valorizamos a participação popular, que serve como um importante termômetro das nossas políticas e orienta o aprimoramento contínuo das ações da Secretaria.





