Crédito: Marcos EscrivaniRemanescente da administração Paulo Altomani (PSDB), a secretária de Gestão de Pessoal Helena Antunes se reuniu na manhã desta quarta-feira, 16, no Paço Municipal, com a imprensa para tratar de um assunto que causou polêmica nos últimos meses em São Carlos: a reestruturação administrativa da Prefeitura Municipal.
Com a proposta de mostrar transparência em suas ações, durante aproximadamente 60 minutos ela expôs o que tem sido feito nesta área e salientou que é “fundamental o contato com a população através da imprensa, uma vez que muitas questões aparecem distorcidas e ela se vê na obrigação de esclarecer alguns pontos de vista. “Tudo muda neste mundo e a administração pública e a privada nunca estão estáticas”, disse, ao iniciar a conversa, salientando que a Prefeitura Municipal passa por uma profunda reorganização e que alguns resultados irão acontecer até o final do primeiro semestre deste ano.
Helena afirmou que a estrutura administrativa vigente na Prefeitura quando assumiu, era de dezembro de 2008 e desde então problemas leais e constitucionais apareceram durante a última década, quando ocorreram contratações de cargos comissionados, o que culminou com a presença do Ministério Público e que culminou em centenas de exonerações. “Na época procuramos corrigir sem mexer na estrutura da Prefeitura, mas os problemas continuaram”, afirmou.
Helena lembrou que em novembro de 2016, com a eleição de Airton Garcia (PSB) foi convidada a continuar na secretaria com a tarefa de reestruturar e diminuir secretarias. “Paralelamente dar modernidade. Diante disso apresentei um delineamento. Contudo, em dezembro de 2016, a folha de pagamento dos servidores era acima de 51% do orçamento e isso impedia qualquer mudança para 2017. Agora, em 2018, com o índice abaixo dos 51% começamos a trabalhar na reestruturação. Entretanto, devido aos projetos em andamento, foram mantidas 18 secretarias e criada uma 19ª, a de Segurança Pública. Mas fizemos mudanças em alguns setores, para que a Prefeitura tenha uma forma eficaz para se trabalhar”.
IMPACTO FINANCEIRO
A criação de uma nova secretaria, segundo Helena, não ocasionou um grande impacto financeiro aos cofres municipais. “Tivemos a preocupação de criar o menor número possível de cargos e pontuamos prioridades e criamos estrutura em outras secretarias”, disse, ao mencionar a Fazenda, Educação e a Cidadania e Assistência Social.
“Por exemplo, na Fazenda, vamos priorizar e dar suporte para que ocorram as licitações. Ter banco de dados, preços e de fornecedores. Desta forma os procedimentos licitatórios ocorrerão em um só local e irá desafogar outras secretarias, sem mexer no pessoal. A perspectiva é que isso aconteça até dia 30 de junho deste ano. Estou extremamente otimista que tudo irá melhorar até o final do semestre. Uma melhora na gestão coletiva. Posso dizer que poucas pessoas enxergam nosso trabalho, onde a dedicação é muito grande.
CONTRATAÇÕES
Dentro da nova estrutura administrativa, Helena Antunes não vê como prioridade, na sua opinião, contratações de novos servidores, ao mencionar guardas municipais e agentes de trânsito.
“Penso que não é solução. Temos que nos reorganizar internamente e ver quais as reais necessidades”, afirmou, oportunidade em que deu um exemplo. “No primeiro semestre de 2017 as UPAs estavam fechadas e as informações eram que precisaria ser feitas 60 contratações e eu resisti. Optei por fazer um grupo de trabalho e ver as reais necessidades. Busquei servidores da Saúde que estavam em outras funções e no dia 31 de agosto a UPA foi reaberta sem nenhuma contratação”, garantiu. “Descobri funcionários dentro da própria Prefeitura”.
Quanto possíveis contratações para a guarda municipal e agentes de trânsito, foi incisiva. “Tem que analisar. Não vejo necessidade enquanto não olhar a eficácia. Agentes de trânsito é possível. Mas há a questão da distribuição, horário de trabalho e se há estrutura adequada para aqueles que seriam contratados. Gestão de pessoas é importante e contatar quando necessário”, reforçou.
RESPONSABILIDADE E COBRANÇA
De acordo com Helena Antunes, com a reestruturação administrativa todos os servidores serão cobrados em suas responsabilidades, através de uma fiscalização eficiente. “Temos que fazer a máquina andar sem gastar mais”, salientou, afirmando que reuniões semanais com secretários acontecem com o intuito de dinamizar os trabalhos municipais.
APOSENTADOS NA ATIVA
Por fim, a secretária abordou o tema aposentados que ainda estão na ativa. “Há um cálculo que existem hoje aproximadamente 600 aposentados que trabalham na Prefeitura Municipal”, disse, afirmando que a Prefeitura tem um plano de demissão voluntária para os servidores que se aposentam (recebem uma bonificação) e existe ainda um curso de 30 dias oferecido pela municipalidade uma vez por ano, quando o trabalhador se aposenta e pede o desligamento.
Crédito: Marcos Escrivani
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