Delegacia de Ibaté - A Lanchonete Bartira, tradicional estabelecimento localizado no Centro de Ibaté, se manifestou após a repercussão de um boletim de ocorrência registrado por uma cliente de 37 anos, que alega ter sido humilhada e constrangida no local na noite da última sexta-feira (12).
Segundo o registro policial, a mulher afirmou que estava acompanhada dos filhos pequenos quando teria sido exposta publicamente pelo proprietário do estabelecimento, situação que a levou a procurar a Polícia Civil e registrar ocorrência por difamação. O caso segue sob investigação.
Em resposta às acusações, uma familiar do proprietário — conhecido na cidade como “Dito do Lanche”, que há cerca de 30 anos mantém a lanchonete — divulgou um vídeo nas redes sociais apresentando a versão da família sobre o ocorrido.
De acordo com ela, a cliente pediu um cachorro-quente simples, conforme descrito no cardápio do local, e chegou a consumir o lanche antes de reclamar da qualidade. A funcionária teria oferecido a troca do produto, prática comum no estabelecimento, mas a cliente recusou.
“Ela começou a ofender o lanche em voz alta, dizendo que era uma porcaria, mesmo depois de já ter comido. A funcionária pediu desculpas e se ofereceu para trocar, como sempre fazemos, mas ela não quis”, afirmou.
Ainda segundo o relato, o proprietário teria se aproximado apenas para mostrar a marca da salsicha utilizada, negando qualquer atitude agressiva.
“Meu pai tem 74 anos, trabalha há 30 anos com essa lanchonete e nunca houve uma situação como essa. Dizer que ele tentou agredir alguém com um pacote de salsicha é fora de cogitação”, declarou.
A familiar também afirmou que, durante a discussão, a cliente teria feito ameaças verbais à funcionária do local, o que teria causado reação de outras pessoas que estavam no estabelecimento.
“Ela disse que só não bateria na funcionária porque estava com os filhos. Quem precisou ser contida foi outra cliente que se exaltou com as ameaças, e meu pai interveio justamente para evitar qualquer agressão”, relatou.
Segundo ela, a Polícia Militar foi acionada e, ao chegar ao local, encontrou a situação já controlada, com a cliente e o marido bastante exaltados.
A família afirma ainda que possui testemunhas que presenciaram os fatos e estuda medidas legais.
“Assim como ela registrou boletim, nós também podemos buscar nossos direitos por injúria, calúnia e difamação. Temos testemunhas e uma história construída com respeito, atendimento e qualidade ao longo de décadas”, disse.
Por fim, a familiar ressaltou que a manifestação teve como objetivo apresentar o outro lado da história.
“Toda situação tem dois lados. Meu pai é conhecido em Ibaté, sempre trabalhou com dignidade. Não poderíamos ficar em silêncio diante de acusações que atingem não só ele, mas toda a equipe”, concluiu.
O caso segue sendo apurado pela Polícia Civil de Ibaté.





