terça, 23 de abril de 2024
Esportes

Uma vida dedicada ao basquete; 40 anos formando atletas e cidadãos

Nivaldo Carlos Meneghelli Junior, 53 anos de idade, é uma das personalidades do esporte são-carlense

27 Nov 2017 - 12h44
Foto: Marcos Escrivani - Foto: Marcos Escrivani -

Novembro de 1977. Mais exatamente no dia 11. Durante os Jogos da Primavera, um menino com 13 anos de idade mostrava talento e chamava a atenção. Na oportunidade, defendia a equipe da Escola Estadual Antonio Militão de Lima, localizada na rua 15 de Novembro, na Vila Nery. Na oportunidade, seu técnico era o professor de Educação Física, Sílvio Costa.

O menino era Nivaldo Carlos Meneghelli Junior. Diante de sua performance, foi convidado para compor as categorias do São Carlos Clube, uma das referências do basquetebol da cidade.

Passaram-se 40 anos. Hoje, aos 53 anos, Meneghelli comemora uma vida dedicada ao basquete. 24 anos como atleta e dos demais como professor e técnico de equipes de alto rendimento.

Diante de tanta dedicação e amor ao esporte, Meneghelli é considerado hoje uma personalidade no esporte de São Carlos. Diante de quatro décadas de dedicação à modalidade esportiva, ele concedeu uma entrevista onde revelou detalhes de sua carreira esportiva.

Meneghelli é casado com Márcia Zantut Meneghelli e pai de Daniel, Alan e Manuela. Todos com passagens pelo basquete.

JOGADOR

"Joguei dos 13 aos 34 anos de idade. Nas categorias de base do São Carlos Clube e depois da equipe adulta também. Atuei também no Telesp Clube, Recreativa de Assis e Itápolis. Disputei vários Jogos Regionais e Abertos do Interior. Além de campeonatos das séries A1 e A2".

PROFESSOR E TÉCNICO

"Parei de jogar por opção. Neste meio tempo me formei em Educação Física na Fundação Educacional de São Carlos (Fesc). Tenho uma pós, sou Bacharel e tenho também Licenciatura. Há 26 anos sou professor na Escola de Basquete Meneghelli, mas por nove anos fui técnico do Objetivo São Carlos, que disputou a o Paulista da Série A1 e A2. Fui técnico de equipes universitárias".

BASQUETE?

"É minha vida. Me adaptei a esta modalidade esportiva. Gosto das regras, da integração, dos amigos que fiz ao longo das décadas. Tive muitos técnicos, como Milton Olaio, Ricardo Moysés, Ricardão, entre outros. Não me vejo longe do basquete. Vejo a modalidade esportiva como uma família. Tudo que tenho, devo ao basquete que é meu sustento. É o esporte que eu amo".

PRÊMIOS LOCAIS

"Minha vida foi dedicada ao basquete e graças a eles consegui reconhecimento em São Carlos. Por duas vezes fui eleito melhor jogador no Antena Esportiva. Fui Esportista do Ano, Dirigente e Técnico do Ano também".

SEM TRISTEZA

"Não tenho momentos triste no basquete. Derrotas são aprendizados. Joguei por vários anos e guardo excelentes recordações. Quando o basquete no Brasil era destaque internacional. Posso ainda me considerar uma pessoa privilegiada, por consegui formar um atleta (Nenê Hilário) que hoje está na NBA".

MUITA FELICIDADE

"Me considero realizado. Na minha despedida joguei contra o Oscar Schmidt (Mão Santa). Formei um atleta que está na NBA. Formei muitos atletas, mas centenas de cidadãos. Meus filhos e muitos sobrinhos jogaram basquete. Sou eternamente grato ao basquete".

MAIS 40 ANOS

"Se Deus permitir, fico mais 40 anos no basquete. Como disse anteriormente, me sinto privilegiado. A modalidade me trouxe disciplina, me educou e me tornei um cidadão. Hoje eu faço justamente isso: ensino crianças a jogar. Mas se não tornar um atleta, será com certeza um cidadão de bem. Isso também é muito importante. Se tivesse mais estrutura, ajudaria mais jovens. O esporte disciplina, sem dá bons resultados.

SONHO

"É um orgulho ver hoje centenas de cidadãos que atuam profissionalmente em São Carlos, mas que um dia foram atletas. Mas guardo um sonho sim: quero poder formar ainda mais atletas profissionais. É o sonho de todo professor de esportes".

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