A Costa Rica, um pequeno, mas desenvolvido país da América Central foi exemplo no combate a pandemia da Covid-19 e pouco afetado, a população reiniciou as atividades rotineiras. Entre eles o Campeonato Costarriquenho de Futebol que ficou paralisado por apenas dois meses.
Neste campeonato há um são-carlense. Trata-se do atacante Jean Paulo Zacarias da Silva, 26 anos que defende a Asociación Deportiva Guanacasteca. Seu clube está na semifinal e no domingo, perdeu a primeira partida por 1 a 0 e nesta quinta-feira, 4, acontece a segunda partida e para tentar o título estadual, necessita vencer por dois gols de diferença.
Via WhatsApp o são-carlense manteve contato com a reportagem do São Carlos Agora e revelou os cuidados que o país e o clube teve no combate a pandemia do novo coronavírus e contou um pouco sobre a sua história no futebol.
Jean Paulo iniciou as atividades na ADPM e treinou ainda no Meninos da Vila, São Carlos FC, Sport Club Campo Mourão/PR, Portuguesa Santista, CA Paulistinha, José Bonifácio, Palmerinha de Porto Ferreira, Guarani FC, PSTC/PR, Laranja Mecânica/PR, Grêmio de Porto Alegre e Arapongas FC/PR. Na Costa Rica, jogou no Asociación Deportiva Santa Rosa e está atualmente na Asociación Deportiva Guanacasteca.
O são-carlense se profissionalizou aos 17 anos, mas o primeiro contato com uma atividade esportiva foi, curiosamente, com a capoeira e teve como instrutor, seu pai, o Mestre Taroba, no Jangadeiro de Ouro.
Posteriormente se aproximou do futebol, se apaixonou e nunca mais parou de praticar, tornando-se jogador profissional. Abaixo, a entrevista concedida ao portal
São Carlos Agora - Como e quando se interessou pelo futebol?
Jean Paulo Zacarias da Silva - O futebol me interessou através de meus amigos. Eles ficavam jogando e eu assistindo, até que um dia comecei a jogar e depois disso foi um sentimento único.
SCA - O que você viu nesta modalidade esportiva que o atraiu?
Jean Paulo - O que me atraiu foram os dribles e sensação de jogar. E só pensar em fazer gol.
SCA - 3) Como você define a sua carreira de atleta? Está satisfeito? Por quê?
Jean Paulo - Minha carreira de atleta eu admiro muito. Sempre fui concentrado no meu objetivo. Fico satisfeito por profissionalizar aos 17 anos e desfrutar o que o futebol me proporciona.
SCA - Qual o clube que mais marcou até hoje?
Jean Paulo - Para mim, o clube que mais marcou foi Sport Club Campo Mourão onde me tornei um jogador profissional e onde tive várias conquistas jogando o Campeonato Paranaense e os Jogos da Juventude.
SCA - Cite um momento feliz e um momento triste em sua profissão?
Jean Paulo - Momento feliz em minha profissão foi quando eu ganhei a primeira chuteira de meu pai e tenho ela até hoje (marca Olympikus). O momento triste é perder uma final. Mas, o mais triste foi perder meu primeiro treinador (Lilão). Foi triste demais. Uma pessoa que sempre me aconselhava.
SCA - Como você foi parar na Costa Rita?
Jean Paulo - Eu vim para na Costa Rica através de amigos (Samuel Robles e Valdir Robles) que conheciam o treinador daqui (Francisco Arias). O Samuel e o Arias se conheceram nos EUA e eles me indicaram para cá.
SCA - Há quanto tempo está neste país?
Jean Paulo - Faz três anos que jogo na Costa Rica.
SCA - Como são os campeonatos? Tem tido sucesso neste país?
Jean Paulo - Os campeonatos aqui são Ligas de Acesso. Tem o Torneio de Abertura e Clausura com acesso e descenso. Graças a Deus tive sucesso nesse país e o mais bonito é ser reconhecido pelo nosso trabalho.
SCA - Pretende voltar ao Brasil ou irá encerrar carreira por aí?
Jean Paulo - Pretendo voltar para o Brasil um dia sim, mas não sei que período será. Se caso for encerrar a carreira, seria por aqui mesmo.
SCA - Nesta época de pandemia, Costa Rica não parou com os campeonatos. Os atletas não ficaram expostos ao perigo?
Jean Paulo - O tema da pandemia foi debatido e os campeonatos pararam por um curto período. Os jogadores treinavam à parte sem muita aglomeração e depois de dois meses como aqui está um pouco mais controlado que no Brasil, foi o primeiro esporte da América Central a voltar. Mas com todas precauções.
SCA - Como tem sido os protocolos de segurança na Costa Rica. Você obedece a todos?
Jean Paulo Os protocolos de segurança na Costa Rica tiveram várias restrições e no futebol, os organizadores optaram por continuar o campeonato depois de um certo tempo parado, sem torcida e o uso da máscara, álcool gel e sabonete.
SCA - Tem medo de se infectar? De ficar doente?
Jean Paulo - Na verdade a gente tem que se prevenir e fazer o que o Ministério da Saúde aconselha. Mas claro é complicado se infectar por um vírus que afetou o mundo todo.
SCA - Vocês treinam e jogam de máscara?
Jean Paulo – A gente treina sem a máscara, mas quando termina os treinos, têm que por e sempre lavar a mão quando chega e sai.
SCA - Me fala das semifinais do campeonato costa-riquenho?
Jean Paulo - Estamos jogando a semifinal e perdemos o primeiro jogo por 1 a 0. Nesta quinta-feira, 4, vamos jogar a segunda partida. O complicado é que aprovaram apenas dois campos que são na capital e isso é ruim para a gente, porque não podemos jogar em nosso estádio e precisamos vencer para disputar o título.