Após 16 dias da partida pelas quartas de final da Copa São Carlos, entre Zé Bebeu e Os Prédios, que terminou empatada em 2 a 2 e teve confusão entre torcidas, a Liga Desportiva de São Carlos (LDSC), promotora do evento, se pronunciou, colocando a versão dos fatos sobre o ponto de vista da entidade. A Liga é presidida por Aparecido Neuto de Oliveira.
A polêmica partida fez com que a Copa São Carlos, que entrou na fase semifinal fosse momentaneamente paralisada. Um torcedor de Os Prédios, chegou inclusive a entrar no Ministério Público. Durante este período, em decisões controversas, as equipes envolvidas chegaram a ser eliminadas, reintegradas e por fim eliminadas em uma assembleia reunindo filiados à entidade esportiva, na Fundação Educação São Carlos (Fesc).
Comunicado oficial
Abaixo, o comunicado oficial da LDSC sobre a polêmica partida entre Os Prédios x Zé Bebeu:
“Após toda repercussão envolvendo a decisão inicial da Liga Desportiva de São Carlos relacionado ao episódio ocorrido na Copa São Carlos, viemos a público pela primeira vez nos pronunciar com decisão judicial do caso.
Como é de conhecimento de todos, nessas duas últimas semanas a partida entre Zé Bebeu e Os Prédios tiveram diferentes desfechos.
Após assembleia ocorrida nesta terça-feira (5), as equipes filiadas ouviram os envolvidos, e votaram em conjunto para que ainda ocorressem a eliminação de ambas as equipes após o episódio de seus torcedores no estádio do Zuzão, seguindo assim os regulamentos da competição, tanto o Específico, como o Geral.
Após decisão tomada, e jogo marcado que ocorreria neste domingo entre Vila Prado e Aracy, válido pela semifinal da competição, fomos notificados judicialmente na sexta-feira (8), que um torcedor da equipe eliminada, teria entrado com uma ação judicial, alegando que a assembleia teria sido de forma irregular, que a LDSC estava favorecendo outras equipes, e que a organização falhou na segurança da partida. Consequentemente o Juiz do Tribunal do Estado de São Paulo da Comarca de São Carlos, suspendeu a competição para que o Ministério Público pudesse analisar e averiguar a alegação do torcedor.
Agindo de forma rápida e competente, o setor jurídico da LDSC apresentou os documentos, provando a legalidade da assembleia realizada pelas equipes filiadas, e todo o processo de decisão tomada, juntamente com os Regulamentos Específico e Geral da Competição.
Sendo assim, com imensa alegria, recebemos neste domingo (10), a decisão judicial que garante e permite a continuidade da competição.
Infelizmente a partida da semifinal entre Vila Prado e Aracy terá que ser realizada de portões fechados, devido a decisão do MP para que ocorra o jogo com segurança.
Buscando soluções imediatas, a nossa Associação trabalha para que possamos realizar a grande final com a presença e segurança de todos os torcedores que venham prestigiar o evento.
Reiteramos que a Liga não favorece time A ou B, X ou Y, apenas apoiamos o Futebol e o Esporte da nossa cidade, acreditamos no empenho de todos que fazem parte deste projeto de médio a longo prazo. Sabemos que nossas competições estão crescendo cada vez mais, e este crescimento nos colocam em uma posição de se aperfeiçoar, e juntamente com nossos filiados, buscar a melhoria sempre.
Sendo assim, a equipe do Santa Angelina FC, segue sendo a primeira finalista, e aguarda seu adversário, que sairá da partida entre Vila Prado e Aracy FC.
Deixamos claro que algumas notícias divulgadas por canais de comunicações, não foram de formas oficiais, e que todas as notícias serão primeiramente publicadas em nossa rede social oficial do instagram: @ligadesportivadesaocarlos
LIGA DESPORTIVA DE SÃO CARLOS”
Nota da redação
A reportagem do São Carlos Agora vem a público deixar claro que todas as notícias que antecederam o comunicado oficial da LDSC foram feitas de maneira idônea.
Os fatos foram divulgados assim que a reportagem teve conhecimento e sem tomar nenhum partido. Apenas expondo as decisões que aconteciam.
A reportagem do São Carlos Agora, inclusive, chegou a noticiar em várias edições os jogos que seguiam regularmente, obtendo as informações de terceiros, já que a entidade promotora não possuía um canal para divulgar as informações. Mesmo assim, respeitando os leitores e participantes, conseguíamos divulgar.
A estranheza, entretanto, foi em determinado momento, um membro da direção questionar o jornalismo esportivo do portal, salientando que o órgão de imprensa “não teria autorização de divulgar o fato polêmico”.
Em um estado democrático, onde um campeonato é disputado em espaços públicos, construídos com impostos pagos pela população, não há necessidade de tal autorização. Pelo contrário: é necessário divulgar em respeito àqueles que participam e tem em eventos amadores, uma forma de lazer, distração e qualidade de vida.