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Número de divórcios cresce 4,9% no Brasil e falta de dinheiro é apontada como uma das principais causas

Levantamento do IBGE mostra queda nos casamentos e aumento nas separações; especialistas indicam que instabilidade financeira e falta de comunicação pesam na decisão de se divorciar

15 Nov 2025 - 13h11Por Jessica Carvalho R
Número de divórcios cresce 4,9% no Brasil e falta de dinheiro é apontada como uma das principais causas -

O número de divórcios no Brasil aumentou 4,9% em 2025 em comparação a 2022, enquanto os casamentos tiveram queda de 3%, segundo dados das Estatísticas do Registro Civil divulgadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O levantamento mostra que o país registrou 440,8 mil divórcios no período, e que o número de casamentos caiu especialmente na Região Sudeste, com retração de 5%.

Já as regiões Centro-Oeste e Norte registraram os maiores aumentos de separações, com 16,8% e 13,1%, respectivamente. Segundo o IBGE, fatores econômicos têm se destacado como um dos principais motivos por trás do fim de relacionamentos.

Dinheiro e comunicação: as maiores causas de separações

De acordo com o especialista em comportamento afetivo e relacionamentos do MeuPatrocínio, Caio Bittencourt, a combinação de instabilidade financeira, imaturidade emocional e falta de diálogo está entre os principais fatores que levam ao divórcio.“É importante entender que, por trás desses números, existem várias questões complexas que podem levar ao fim de um casamento. A imaturidade dos homens mais jovens é um fator que complica qualquer relacionamento, e quando isso se junta à falta de estabilidade financeira e emocional, a situação piora”, explicou o especialista.

Uma pesquisa publicada no Journal of Social and Personal Relationships reforça que muitos dos problemas que resultam em separação já aparecem no início do namoro. Entre as principais causas estão:

- Problemas econômicos: a falta de dinheiro afeta a segurança e as expectativas do casal.

- Falta de comunicação: mal-entendidos e ausência de diálogo acumulam frustrações.

- Ausência de intimidade sexual: o distanciamento físico enfraquece a conexão emocional.

- Vícios e comportamentos destrutivos: comprometem a confiança e estabilidade da relação.

“Casais financeiramente estáveis tendem a ser mais felizes. Não se preocupar com dinheiro reduz frustrações e aumenta a satisfação e o bom humor”, acrescenta Caio Bittencourt.

Tendência: relacionamentos “Sugar” crescem entre divorciados

Com o aumento das separações, o modelo de relacionamento “Sugar” vem ganhando força no Brasil. Segundo dados do MeuPatrocínio, plataforma voltada a esse tipo de conexão, 89% dos usuários divorciados afirmam buscar relações mais práticas, transparentes e estáveis, baseadas em objetivos claros e ausência de “joguinhos”.

Nessa modalidade, o relacionamento é formado entre um Sugar Daddy — homem financeiramente bem-sucedido e experiente — e uma Sugar Baby, que busca conforto e estabilidade emocional e financeira.

“Depois de enfrentarem as dores de cabeça da separação, essas pessoas passam a buscar praticidade. Evitam complicações e preferem a leveza que encontram nos relacionamentos Sugar”, explica o especialista.

A pesquisa do IBGE reforça que, embora o amor continue sendo um dos principais motivos para o casamento, as dificuldades econômicas e emocionais seguem como desafios na construção de relações duradouras no país.

Assessoria de imprensa MeuPatrocínio

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