Crédito: DivulgaçãoPesquisadores do Grupo de Óptica do IFSCUSP – Centro de Pesquisa em Óptica Fotônica(CEPOF) , sob a coordenação de Prof. Dr. Vanderlei Salvador Bagnato, pesquisam e desenvolvem técnicas que utilizam a terapia fotodinâmica(PDT) para inativar fungos causadores da micose de unha (onicomicose). O processamento é feito por meio de luz de comprimentos de onda específicos (vermelho e azul), que ativa compostos fotossensíveis gerando espécies reativas de oxigênio nocivas aos microrganismos, eliminando-os localmente e com eficácia e resultados positivos para o tratamento. A tecnologia, ou seja, o equipamento emissor de luz, também é fabricado pela empresa MMO de São Carlos, o que facilita a utilização da técnica e amplia o custo benefício em tratamentos desta natureza.
Algumas vantagens :
• Tratamento mais rápido, local e eficaz
• Menor risco de resistência microbiana e efeitos colaterais, e dentre outros que facilitam a utilização pelos profissionais da área.
Disseminação e Formação — Congresso de Podologia
O CEPOF – IFSC – USP vem realizando Congresso na área da Podologia, capacitando os profissionais da área no entendimento e uso de novas tecnologias na área ,onde minicursos são oferecidos, além de apresentações de casos clínicos e troca de conhecimento direto com os pesquisadores responsáveis pelas pesquisas e novas tecnologias desenvolvidas.
O Que isso significa para a Podologia?
Benefícios Clínicos e de Tratamento
• Eficácia e rapidez nos tratamentos: os protocolos com laser proporcionam resultados mais rápidos e menos invasivos.
• Melhor cicatrização e alívio de sintomas, especialmente em condições como onicomicose, inflamações e feridas no pé.
• Menor risco de efeitos colaterais: o tratamento é local e usa pouca ou nenhuma medicação sistêmica.
• Maior precisão clínica: tecnologia como a fluorescência ajuda a identificar melhor os locais de infecção.
Resumidamente: O que é a Terapia Fotodinâmica (PDT)?
A Terapia Fotodinâmica (TFD ou PDT, do inglês Photodynamic Therapy) é uma abordagem terapêutica baseada em uma reação fotoquímica que envolve três componentes principais:
1. Fotossensibilizador – uma substância não tóxica ( ex: como ácido 5aminolevulínico, ALA, ou seu derivado metil-aminolevulínico, MAL), que se acumula preferencialmente em células-alvo (como tumorais ou infectadas), destacando haver outros fotossensibilizadores pesquisados e podendo ser analisados e utilizados.
2. Fonte de luz – pode ser um laser, lâmpadas de espectro amplo ou LEDs; a luz deve ter um comprimento de onda que excite o fotossensibilizador(ex: MMO de São Carlos fabrica equipamentos para o uso nesta técnica).
3. Oxigênio – essencial para a geração de espécies reativas de oxigênio (como oxigênio singleto), que induzem morte celular ao danificar estruturas celulares e o DNA.
Como funciona?
• A substância fotossensibilizante é administrada topicamente ou sistemicamente.
• Após um período de incubação, a área é exposta à luz adequada, ativando o agente.
• Isso gera formas reativas de oxigênio que destroem as células indesejadas ou danificadas de forma seletiva.
Indicações na área da saúde
A PDT tem sido utilizada com sucesso em diversas aplicações, principalmente em:
• Dermatologia: tratamento de câncer de pele não melanoma (ceratose actínica, carcinoma basocelularsuperficial, doença de Bowen), acne, fotoenvelhecimento, rosácea, verrugas, psoríase e até leishmaniose.
• Dermatologia estética: rejuvenescimento da pele e melhora do aspecto cutâneo.
• Outras áreas: além da pele, a técnica já é aplicada em algumas doenças oculares, cânceres de esôfago e pulmão e condições localizadas acessíveis à luz.
• Versões alternativas: como o Daylight PDT (PDT com luz solar), especialmente para ceratoses actínicasem áreas que podem ser expostas à luz natural — é mais confortável e quase indolor.
Algumas Vantagens:
• Seleção celular: destrói tecido-alvo sem afetar células saudáveis adjacentes.
• Resultados cosméticos favoráveis e rápida recuperação, especialmente em lesões superficiais.
• Aplicações múltiplas em uma mesma sessão e eficácia aumentada em casos de pacientes imunossuprimidos.
Fontes: Prof. Dr. Vanderlei Salvador Bagnato – Coordenador CEPOF – INCT – IFSC – USP e Membro do Grupo de Óptica ; Pesquisadores do CEPOF – INCT – IFSC – USP – Grupo de Óptica; Me. Kleber Jorge Savio Chicrala – Jornalismo Científico e Difusão Científica – CEPOF – INCT – IFSC – USP – Grupo de Óptica.





