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Arteriosclerose

07 Nov 2019 - 07h00Por (*) Paulo Rogério Gianlorenço
Arteriosclerose -

A Arterioesclerose é a principal causa de morte no mundo ocidental, consiste na perda da elasticidade da parede das artérias. Arterioesclerose ocorre quando as artérias que levam oxigênio e nutrientes a partir do coração para o restante do corpo tornam-se duras e estreitas, com pouca elasticidade, isto faz com que o fluxo de sangue seja prejudicado.

As artérias saudáveis são flexíveis, mas ao longo do tempo podem endurecer. Por isso, arterioesclerose é um problema muito associado ao envelhecimento.

Este processo ocorre de forma gradual e é causado, principalmente, por acúmulo de placas de gordura no interior destas artérias. Essas placas, denominadas ateromas, comprometem a elasticidade por enrijecer as paredes das artérias, além de diminuir seus calibres.

A arteriosclerose é o estreitamento ou endurecimento das artérias. As artérias são tubos que levam sangue e oxigênio ao coração, cérebro e outras partes do corpo. A arteriosclerose pode começar na infância e progredir lentamente, na medida em que a pessoa cresce,em algumas pessoas esta doença pode progredir mais rapidamente, normalmente esta doença ocorre em pessoas maiores de 45 anos e é mais comum em homens, após a menopausa, as mulheres têm o mesmo risco que os homens.

A arteriosclerose é uma enfermidade que pode favorecer, AVCs, aneurismas da aorta; infarto cerebral; angina abdominal (dor) e infarto intestinal (coágulo sangüíneo nos intestinos); doença arterial coronária e arteriosclerose das extremidades.

Nas paredes das artérias doentes formam-se placas feitas de colesterol, células musculares, cálcio e tecido fibroso, algumas placas podem crescer tanto que obstruem a artéria e, como consequência, diminuem o fluxo sangüíneo, essas placas também podem fragmentar-se e formar coágulos. Os coágulos podem bloquear o fluxo sangüíneo para outras áreas do organismo e causar sérios problemas.

Freqüentemente os sintomas não aparecem até a doença estar em estágios avançados, os sintomas dependem do local onde ocorre a diminuição do fluxo sanguíneo e da gravidade da doença. Podem acontecer cãibras musculares e ocorrem alterações nas artérias das pernas, angina pectoris ou um ataque cardíaco se houver danos nas artérias do coração, infarto cerebral ou ataques isquêmicos transitórios se houver alteração nas artérias do pescoço e cãibras abdominais se houver alteração das artérias do abdômen.

Na ateroslerose, as ateromas podem levar a um aumento da pressão arterial na sístole que é a pressão com o número mais alto e diminuição desta na diástole esta com o número menor e formação de coágulos e obstruções arteriais, uma vez que comprometem as artérias de grande e médio calibre trazendo, inclusive, um déficit sanguíneo aos tecidos irrigados por elas.

A arteriosclerose pode ocorrer em qualquer região do corpo, sendo mais grave quando acomete as carótidas, coronárias e região das pernas, no primeiro caso, pode provocar derrame cerebral e no segundo, fortes dores no peito e enfarte do miocárdio. Nas pernas, além de dor, pode bloquear o fluxo sanguíneo desta região, podendo ser necessária a amputação do membro.

São consideradas parte do grupo de risco pessoas do sexo masculino, de idade entre 50 e 70 anos, indivíduos com taxas elevadas de colesterol, obesos, fumantes, hipertensos, sedentários e pessoas com histórico familiar propenso à doença.

A arteriosclerose não tem cura, mas sua progressão pode ser diminuída ou detida. Esta doença exige constante acompanhamento médico e mudanças no estilo de vida remédios para diminuir o colesterol, modificação da dieta, perda de peso, abandonar o cigarro e aumento da atividade física.

Para prevenir a arteriosclerose é preciso não fumar, controlar os níveis de colesterol e de pressão arterial, praticar atividade física regularmente, adotar uma dieta rica em fibras e pobre em gordura, controlar o diabetes e manter peso adequado para a respectiva idade e altura.

Normalmente a pessoa não tem sintomas da arterioesclerose até que as artérias fiquem tão estreitas a ponto de prejudicar algum órgão ou outra parte do corpo, os sintomas irão depender da artéria estreitada ou obstruída. Alguns sintomas são, Dor no peito, Dor na perna ou em qualquer outro lugar em que a artéria estiver bloqueada, Fadiga, Confusão, caso o bloqueio seja no cérebro e Fraqueza muscular nas pernas por falta de circulação.

Se você acha que tem arterioesclerose, fale com o seu médico, preste atenção aos sintomas precoces de fluxo inadequado de sangue, tais como dor no peito (angina), dor nas pernas ou dormência. Diagnóstico e tratamento precoce podem impedir que aterioesclerose fique mais grave e prevenir um ataque cardíaco, acidente vascular cerebral ou outra emergência médica.

É importante ter mudanças no estilo de vida, como manter uma dieta saudável e praticar exercícios. Medicamentos ou procedimentos cirúrgicos podem ser orientados, é necessário um tratamento mais agressivo se você tiver sintomas graves ou um bloqueio que ameaça a sobrevivência do tecido muscular ou de pele, você pode ser candidato para alguns procedimentos cirúrgicos.

O autor é graduado em Fisioterapia pela Universidade Paulista Crefito-3/243875-f Especialista em Fisioterapia Geriátrica pela Universidade de São Carlos e Ortopedia.

Esta coluna é uma peça de opinião e não necessariamente reflete a opinião do São Carlos Agora sobre o assunto.

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