A demissão de 12 trabalhadores da Electrolux em São Carlos gerou uma paralisação de 30 minutos em forma de protesto e pode ter consequências mais duras nos próximos dias, caso a direção da indústria não reintegre os colaboradores dispensados.
O aviso foi dado na manhã desta segunda-feira, 29, pelo presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São Carlos e Ibaté, Vanderlei Strano.
Em entrevista ao São Carlos Agora, o sindicalista disse que os trabalhadores dispensados entraram em contato com a entidade a semana passada e teriam sido dispensados pela indústria de linha branca sem aviso-prévio. “Alguns deles teriam até problemas de saúde”, afirmou. “Além de não avisar sobre a demissão, a empresa não dialogou com o sindicato”, comentou.
Strano afirmou que chegou a fazer uma reunião com representantes da Electrolux e chegou a protocolar um requerimento solicitando a reintegração dos colaboradores “pé de fábrica” (ao se referir a linha de produção).
“Tivemos informação que durante o ano, vários fazem horas extras no final de semana e tiram folga durante a semana. E aqueles que não fizeram tais horas, acabam sendo sufocados e causa estafa. Considero isso um desrespeito aos trabalhadores e por isso o sindicato organizou este protesto em forma de alerta”, disse.
Aviso de greve
Sobre possíveis consequências, Strano afirmou que, caso a Electrolux não volte atrás, o sindicato irá se reunir com os trabalhadores em assembleia e não descartou um “aviso de greve”.
“Queremos que empresa retroaja em sua decisão. Não dá para aceitar o que ocorreu. Se nos finais de semana são realizadas horas extraordinárias, não há como entender a redução no quadro de trabalho. Deveria sim ter novas vagas”, comentou.
Por fim, Strano afirmou que espera que a direção da empresa abra diálogo para que se busque uma solução plausível para o ocorrido. “Queremos resolver tudo da melhor forma possível”, finalizou.