
Um menino de 1 ano e três meses faleceu na última terça-feira (11), em São Carlos e a mãe alega negligência médica.
A desempregada Natally Francielli dos Reis de Oliveira, mãe de outros três filhos e que atualmente reside no residencial Eduardo Abdelnur, conversou com o São Carlos Agora e informou que levou o filho, Otto dos Reis, à UPA do Cidade Aracy na sexta-feira (7), com sintomas de caxumba, segundo ela, mas ele estava bem e sem febre. Ela solicitou um exame para confirmar o diagnóstico, mas teria sido informada pela médica que o exame não era necessário. Otto foi liberado após a médica receitar dipirona e passou bem o final de semana.
Na segunda-feira (10), Otto acordou fraco e sem apetite. Preocupada, a mãe levou novamente o garoto até a UPA, onde foi atendido pela mesma médica da sexta-feira. A mãe alega que novamente o atendimento não foi satisfatório e que precisou ficar aguardando por quatro horas. "Depois de 4 horas com ele ali no meu colo, largado sem ninguém passar ele na frente, ela [médica] atendeu e disse que o laboratório já não estava mais ali e que era pra eu voltar após às 18h". A mãe retornou no período noturno e outra médica teria dito que não precisava de exames, pois Otto não apresentava febre e por isso não havia infecção, liberando a criança. Natally afirma ainda que a criança não foi inserida no sistema de regulação de vagas Cross.
Na terça-feira (11), o estado de saúde de Otto piorou ainda mais. Ele estava com dificuldade para respirar, mesmo a mãe usando "bombinha". Natally então decidiu chamar o SAMU, que chegou rapidamente e diante da gravidade do caso, levou o menino para para o Hospital Universitário (HU-UFscar). No HU, Otto teria sido diagnosticado com desidratação grave, glicemia baixa e infecção generalizada. Ele foi internado na UTI, mas não resistiu e faleceu após sofrer nove paradas cardíacas. O atestado de óbito apontou septicemia, pneumonia bacteriana e parotidite como causa da morte. O enterro ocorreu ontem, no cemitério Santo Antônio de Pádua.
Natally disse acreditar que se o tratamento primário na UPA fosse outro, seu filho estaria vivo hoje.
O São Carlos Agora entrou em contato com a assessoria de imprensa da Prefeitura Municipal e do HU. Assim que tivermos uma resposta, iremos atualizar essa publicação.