sábado, 27 de abril de 2024
Cidade

Governo não negocia e servidores públicos fecham os portões da UFSCar

Greve deve continuar: "Não haverá matricula, não haverá segundo semestre, não haverá vestibular"

31 Jul 2012 - 11h52
Trabalhadores fecham os portões da UFSCar (Foto: Tiago da Mata / SCA) - Trabalhadores fecham os portões da UFSCar (Foto: Tiago da Mata / SCA) -

Na manhã desta terça-feira (31), os servidores públicos federais, juntamente com Sindicato dos Trabalhadores Técnico Administrativos da Universidade Federal de São Carlos (SINTUFSCar), fecharam a portaria principal da UFSCar para mais uma manifestação contra a postura do Governo de não negociar com a categoria.

Os técnicos administrativos em Educação já estão em greve há 44 dias, em todas as 59 Universidade Federais. A principal reivindicação dos sindicatos são as reposições das perdas inflacionárias dos servidores públicos.

De acordo com o SINTUFSCar, a greve se dá pela falta de compromisso dos governos Lula e Dilma (PT) em tratar com seriedade as reivindicações apresentadas pela categoria.

Durante a manhã de hoje, os servidores públicos da UFSCar, fecharam a portaria principal da Universidade, em São Carlos, para mais uma vez tentar sensibilizar o Governo e conseguir que o mesmo aceite negociar com os trabalhadores e apresente propostas concretas para os sindicatos.

Sérgio Pinheiro Nunes, coordenador geral do SINTUFSCar.A manifestação de hoje, de acordo com Sérgio Pinheiro Nunes, coordenador geral do SINTUFSCar, é devido a mais uma "manobra" do governo para não negociar com a categoria. "O Governo havia dado um prazo para apresentar uma proposta, o prazo era 31 de julho. Nós recebemos, ontem a noite, uma informação de que o Governo não iria mais apresentar essa proposta hoje e que somente se pronunciará no dia 17 de agosto, mostrando mais uma vez uma postura intransigente.Não fazem nenhuma proposta e se mostraram insensíveis às nossas reivindicações", afirmou Sérgio.

Ainda segundo Sérgio, a manifestação que ocorre hoje é em nível nacional, em todas as Universidades Federais do país e tem como objetivo mostrar para o Governo que a greve é forte e é a nível nacional. Ele lembrou ainda que os portões estão fechados apenas para os carros, e as pessoas que quiserem entrar na Universidade não estão sendo impedidas, desde que façam isso a pé.

A manifestação em frente à Universidade, de continuar durante todo o dia e a greve deve continuar até o Governo e os Sindicatos acertarem todos os pontos apresentados em pauta. Até essa negociação ocorrer, as Universidades continuam paralisadas. Amanhã, segundo o SINTUFSCar, será realizada uma assembléia para avaliar a manifestação de hoje e o impacto que teve.

http://media.saocarlosagora.com.br/uploads/greveufscar013.jpg"Hoje cremos que esteja tudo paralisado, em todas as Universidades e é assim que deverá permanecer. Não haverá matrícula, não haverá segundo semestre, não haverá vestibular, enquanto o Governo não negociar com os trabalhadores", afirmou Sérgio.

O sindicato espera receber o apoio da população e dos alunos, para que as aulas, assim como os trabalhos possam ser normalizadas. "Esperamos não só o apoio da população de São Carlos, mas sim como um todo. A gente pede a compreensão das pessoas, sabemos que é ruim fechar os portões da Universidade, a gente sabe que há um atendimento que é feito à população pela Unidade de Saúde Escola (USE), porém a nossa manifestação hoje é para que esse atendimento possa ser cada dia melhor. Se a gente aceita essa situação que está posta aí, amanhã não sabemos o que vamos ter. Não temos uma perspectiva de crescimento" finalizou Sérgio Pinheiros Nunes.

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