A Fundação de Apoio Institucional ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FAI) da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) comemora o seu 30° aniversário em 2022. Ao longo das últimas três décadas, a FAI se tornou uma das maiores instituições do País em termos de apoio a projetos de ensino, de pesquisa, de extensão, inovação e desenvolvimento institucional. Atualmente, além de apoiar a UFSCar, a Fundação presta suporte à gestão de projetos do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de São Paulo (IFSP), da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (EMBRAPA) e da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebersh), que gerencia todos os hospitais universitários federais do País.
Criada em 1992, a FAI tem como objetivo promover o avanço da ciência, da tecnologia, da cultura, da arte e da preservação do meio ambiente. A Fundação iniciou seus trabalhos apoiando 15 projetos. No último ano, gerenciou 868 projetos, que envolvem mais de R$ 236 milhões em recursos. Além disso, esteve envolvida em diversas conquistas da UFSCar.
"Eu destacaria ao longo desta história, em anos mais recentes, a concessão da Rádio UFSCar, em 2007. Logo em 2008, houve a criação da Agência de Inovação, que foi fomentada pela FAI até 2016. Implantamos o setor de Engenharia da FAI, em 2009, e somos uma das poucas Fundações que conta com uma equipe própria desta área para assessorar a inscrição em Editais e no desenvolvimento institucional. Outro ganho que tivemos foi a implantação do Campus Lagoa do Sino da UFSCar, que contou com a ajuda da FAI. Em 2015, a Fundação também teve um papel essencial na realização da Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) no Campus São Carlos", relembra o professor Targino de Araújo Filho, Diretor Executivo da FAI.
De acordo com o docente, que também é ex-Reitor da Universidade, recentemente, além de seguir trabalhando para o desenvolvimento de pesquisas, cursos, eventos, dentre outros projetos em todas as áreas do conhecimento, a Fundação tem atuado para fortalecer ainda mais a área de Inovação da UFSCar, na integração entre Ensino, Pesquisa e Extensão, e apoiado ações em prol da permanência estudantil de graduandos e pós-graduandos em situação de vulnerabilidade social. "Em 2021, a FAI passou a gerenciar iniciativas com a Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii). Ao todo, foram R$ 478 de recursos captados no ano passado só com estes projetos", completa.
Outro motivo de orgulho para a história da FAI é o Programa de Apoio a Projetos de Pesquisa (PAPq). Recentemente, o PAPq foi ampliado e, desde então, todos os pesquisadores dos quatro campi da UFSCar podem contar com um suporte estratégico na administração e na gestão financeira dos seus projetos. A equipe do PAPq é capacitada para fazer o acompanhamento geral, realizar controle de saldo, orientar quanto ao uso de recursos liberados, obter orçamentos, finalizar compras, preparar documentos para importação, pagar despesas e oferecer suporte na prestação de contas. Os pesquisadores contam com apoio para realizar contratações, acompanhar prazos para entregas de relatórios e, também, na produção dos termos de doação de equipamentos.
No último ano, a Fundação também concebeu o CRIE, sigla para Captação de Recursos para Investimento em Equidade. Desde então, qualquer pessoa física ou empresa pode realizar doações pelo PIX crie@fai.ufscar.br, ou ainda por débito automático, transferência bancária ou boleto para o Programa de Fomento a Permanência Estudantil. Para pessoas físicas, a doação mínima é de R$ 10. Já para empresas, são aceitas contribuições a partir de R$ 50.
"No total, já arrecadamos pouco mais de R$ 130 mil. O destino desses recursos é definido por um Comitê Gestor formado por representantes de estudantes e servidores, que analisam as demandas e definem as prioridades. Já fizemos dois editais de Auxílio Inclusão e Acessibilidade para estudantes com deficiência ofertando bolsas de R$ 900 para investir em tecnologia assistiva, atendemos necessidades emergenciais de estudantes em sofrimento mental, compramos colchões para os apartamentos que integram a moradia estudantil da UFSCar, custeamos passagens, estadia e alimentação para apresentação de trabalhos científicos em congressos de estudantes em situação de vulnerabilidade, dentre outras ações", ressalta Targino de Araújo Filho.
Em 2022, ano em que completa 30 anos, a FAI estrutura um novo núcleo de apoio à Universidade, o Núcleo de Apoio a Indissociabilidade entre Inovação, Pesquisa, Ensino e Extensão (NAIIPEE). O novo núcleo, que irá envolver todas as pró-reitorias da universidade, principalmente as acadêmicas, tem sido estruturado com a Coordenadoria de Comunicação Social (CCS), o Instituto da Cultura Científica (ICC), a Secretária Geral de Informática (SIn) e o Sistema Integrado de Bibliotecas (SIBi) da UFSCar.
"A FAI se desenvolve de acordo com as demandas da Universidade. Nós temos um movimento em defesa da Universidade e precisamos aproximar a Universidade da sociedade e mostrar ainda mais para as pessoas tudo o que se desenvolve nos quatro campi da UFSCar. Queremos abrir as portas da UFSCar e o NAIIPEE vai trabalhar com questões de comunicação. Estamos criando vitrines de professores, pesquisadores e inovações e planejando o desenvolvimento de um Portal de Egressos. Além disso, o Núcleo irá trabalhar com o levantamento de métricas e indicadores para aprimorarmos a gestão. Isso vai nos trazer grandes benefícios. No começo de 2023, devemos ter os primeiros resultados", espera o Diretor.
"Gerir a Universidade em um contexto tão adverso como o atual tem sido uma tarefa extremamente desafiadora. Felizmente, a UFSCar conta com uma Fundação de Apoio Institucional forte e consolidada, que tem sido fundamental para que a Universidade siga cumprindo de forma satisfatória sua missão, que é desenvolver, ensinar e disseminar a Ciência e a Tecnologia gratuitamente, e preservar a memória e as culturas local, regional e nacional. A FAI segue sendo uma parceira-chave para que a UFSCar desempenhe com maestria suas ações de ensino, pesquisa, extensão e inovação", conclui a professora Ana Beatriz de Oliveira, Reitora da UFSCar.