Chuva de meteoros - Crédito: PixabayO céu do Brasil promete um espetáculo astronômico para marcar a despedida de julho. Duas chuvas de meteoros – Alpha Capricornídeos e Delta Aquáridas do Sul – poderão ser observadas entre a noite desta quarta-feira (30) e a madrugada de quinta-feira (31), conforme divulgado pelo Observatório Nacional (ON), unidade de pesquisa vinculada ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação.
A primeira a atingir o pico será a Alpha Capricornídeos, conhecida pela ocorrência de meteoros extremamente brilhantes, alguns com aparência de bolas de fogo. A taxa de atividade é de cerca de cinco meteoros por hora, com velocidade de 23 km/s. O fenômeno será visível a partir da meia-noite, com melhor observação até o amanhecer, especialmente na direção da Constelação de Capricórnio.
Logo depois, será a vez da Delta Aquáridas do Sul, com taxa de 15 a 25 meteoros por hora no pico e velocidade mais alta, de 41 km/s. Os meteoros podem ser localizados próximos à Constelação de Aquário, também com observação favorecida entre a meia-noite e o amanhecer de quinta-feira.
Segundo o astrônomo Marcelo de Cicco, do Observatório Nacional, o destaque da Alpha Capricornídeos está na luminosidade dos meteoros. “O que é notável sobre esta chuva é o número de meteoros com aspectos de bolas de fogo brilhantes produzidas durante seu período de atividade”, afirmou.
O que são as chuvas de meteoros?
As chuvas de meteoros são fenômenos naturais que ocorrem quando fragmentos de cometas – chamados meteoróides – entram na atmosfera terrestre em grande quantidade. Ao interagirem com o oxigênio atmosférico, esses detritos se incendeiam, produzindo o brilho que popularmente conhecemos como “estrelas cadentes”.
Como observar
O ON recomenda procurar locais afastados de luzes artificiais, como áreas rurais ou pontos com pouca poluição luminosa, para melhor visualização do fenômeno. “Olhe para qualquer lugar no céu, pois os meteoros podem aparecer em qualquer parte, mas focar nas constelações de Capricórnio e Aquário pode aumentar suas chances de observar essas maravilhas celestes”, orienta Cicco.
Além do espetáculo visual, eventos como esses são valiosos para a ciência. Eles ajudam a entender o comportamento das correntes de meteoróides que a Terra cruza ciclicamente, permitindo estimar a frequência e intensidade desses encontros espaciais.





