Jenifer Natália Pedro, mãe de Ísis Helena, que está desaparecida desde o dia 2 de março, foi indiciada por homicídio doloso, quando há a intenção de matar.
De acordo com o delegado seccional de Mogi Guaçu, José Antônio Carlos de Souza, que divulgou a informação, a investigação considera que ela tinha o dever de estar cuidando da criança e mesmo que sustente a versão de que a menina morreu dormindo, ainda poderá ser julgada por homicídio com dolo eventual, mas nada está descartado, já que o corpo ainda não foi encontrado.
Jenifer está presa desde a semana passada, quando confessou o crime e disse ter jogado o corpo da própria filha no Rio do Peixe.
Entenda o caso
A bebê Ísis Helena, de 1 ano e 10 meses, que nasceu prematura e com microcefalia, desapareceu de sua casa na manhã do dia 2 de março, na cidade de Itapira.
A mãe comunicou o caso à polícia como desaparecimento, dizendo inicialmente que se ausentou rapidamente de casa, deixou a filha dormindo sob os cuidados do avô, que tem Alzheimer, e quando voltou não a encontrou mais, e diante disso chegou a ser cogitada a possibilidade de sequestro.
Diversas equipes de buscas, entre corporações civis, militares e grupos de voluntários se mobilizaram na busca pela menina, enquanto a mãe afirmava que não sabia o que havia acontecido com ela, mas que sentia que ela estava viva.
No entanto, no último dia 17 ela teve a prisão temporária decretada e acabou contando à polícia que sua filha estava morta.
Ela disse que a criança teve febre, então ela a medicou, depois deu leite e foi dormir, encontrando a menina já sem vida, fria e com espuma na boca, no dia seguinte.
Contou também que com medo do que poderia acontecer, resolveu jogar o corpo no Rio do Peixe.
De acordo com o delegado seccional, a suspeita demonstrou frieza em seus depoimentos e chorou apenas uma vez.
Já o advogado de defesa abandonou o caso, alegando quebra de confiança.
O caso, que gerou grande comoção pública e repercutiu nacional e internacionalmente, segue sob investigação e as buscas pelo corpo continuam.