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Acusados de matar auxiliar de produção serão julgados em Ibaté; família clama por justiça

Adenelson da Silva foi espancado e assassinado por cinco homens que eram seus conhecidos.

11 Set 2017 - 14h02
Foto: Divulgação - Foto: Divulgação -

Um assassinato ocorrido há mais de cinco anos, no dia 1º de abril de 2012, irá a julgamento nesta quinta-feira, 14, a partir das 9h, no Fórum de Ibaté, quando cinco acusados de matar Adenelson Silva ouvirão um veredito formado por um júri popular. Logo após o crime, o caso foi esclarecido pela equipe do delegado Gilberto de Aquino que respondia interinamente pela delegacia de Ibaté.

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Adenelson, que era auxiliar de produção, mas fazia serviços de auxiliar de pedreiro, foi morto com um tiro nas costas e outro na cabeça, após ser espancado. Seu corpo foi deixado em um canavial próximo a uma granja, entre os Jardins Menzani e Jardim Icaraí, em Ibaté.

No início da tarde desta segunda-feira, 11, o São Carlos Agora entrevistou a agente de negócios Andréia da Silva, 32 anos, irmã de Adenelson. Emocionada, concedeu uma entrevista e não escondeu a tristeza pelo ocorrido.

"A família estará presente ao julgamento. E o nosso desejo é que sejam condenados e paguem pelo que fizeram. Que seja feita a vontade de Deus. Mataram uma boa pessoa, trabalhadora. O que mais entristece é que todos eram nossos conhecidos e três frequentavam a nossa casa", disse, com profundo lamento.

Filho de Nelson e Aparecida, além de Andréia, Adenelson tinha ainda outra irmã, Adriana. Se fosse vivo, teria 35 anos.

"Era nosso irmão mais velho. Ajudava em tudo. Era o único filho homem. Ficou um vazio em nossa casa. Foram meses de muita dor e muita tristeza", contou.

DOR PROFUNDA

A maneira violenta como Adenelson morreu causou profunda dor nos pais e nas irmãs. O motivo seria R$ 500, oriundo de uma dívida. "A vida vale pouco", lamentou Andréia.

A tristeza foi ainda mais dolorida ao saber que um dos acusados, amigo de Adenelson, chegou a carregar o caixão onde estava seu corpo, a caminho do cemitério. "É muito dolorido. Saber que uma pessoa teve a coragem de carregar o corpo e sendo um dos acusados de matar meu irmão", disse, mostrando um ar de revolta.

COBRAR UMA DÍVIDA

Indagada qual o motivo que Adenelson teria sido morto, Andreia acredita que foi um acerto de contas. "Meu irmão fez um trabalho para um dos acusados e cobrou R$ 500. Como trabalhou, queria receber e foi até a casa dele para cobrar", disse.

Andréia lembra que no sábado, 30 de março, que antecedeu ao assassinato, Adenelson passou o dia com a família. A noite, um dos acusados foi até sua casa. "Foi quando vi pela última vez meu irmão com vida".

No dia seguinte, domingo, 1º de abril de 2012, veio a triste notícia, ao tomar conhecimento que Adenelson foi encontrado morto. "Ficamos sem chão. Nosso mundo caiu. É uma dor que não tem como medir. Ela não acaba nunca. É uma lacuna que nunca será preenchida. Que meu irmãozinho querido descanse, sempre, em paz", finalizou Andréia.

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